A política do presidente Jair Bolsonaro (PL) que ampliou a liberação do acesso da população a armas de fogo causa problemas ao Exército, que reconheceu não saber quantas armas existem em cada cidade brasileira nas mãos de caçadores, atiradores esportivos e colecionadores (CACs). As informações são do UOL.
A afirmação foi feita à CGU (Controladoria-Geral da União), durante análise do órgão sobre um pedido pela Lei de Acesso à Informação feito pelo UOL e negado pelo Exército. A CGU aceitou a justificativa do Exército para não disponibilizar os dados.
Com a flexibilização do acesso a armas de fogo por civis por meio de decreto de Bolsonaro, o Brasil quadruplicou o arsenal de arms nas mãos de CACs em relação a 2019, primeiro ano do mandato do atual chefe do Executivo. Atualmente, mais de um milhão de armas estão nas mãos de civis.
Segundo o Exército, para saber o número de armas de CACs por cidade seria necessário o trabalho de 12 militares durante 180 dias úteis. Isso acarretaria “considerável prejuízo no cumprimento de outras atividades.
Em julho, o Exército havia declarado que “é capaz de rastrear as armas cadastradas no Sigma [sistema onde são registradas as armas de CACs], atendendo às demandas institucionais, quer sejam investigações policiais ou determinações judiciais”.