A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou nesta quinta-feira, 8, Renato Peixoto Leal Filho, de 43 anos, suspeito de transmitir intencionalmente o vírus HIV. A acusação é feita por mulheres que se relacionaram sexualmente com ele.
Segundo informações divulgadas pelo jornal Extra, as investigações foram iniciadas no final de agosto, quando duas supostas vítimas denunciaram o caso.
Durante o depoimento, elas afirmaram que Renato aborda as mulheres pelas redes sociais e, durante o encontro, insiste em manter relações sexuais sem preservativo.
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Uma jovem de 23 anos que morou com Renato descobriu que ele possuía o vírus no início deste ano, após se mudar do Nordeste para o Rio. De acordo com o jornal, a jovem se mudou para a casa dele, na Barra da Tijuca, e achou um exame.
“Eu o confrontei, mas primeiro ele negou. Só com muita insistência admitiu”, disse ela ao Extra.
Com a descoberta, ela resolveu procurar outras mulheres que também se envolveram com Renato. Áudios e vídeos com supostas ameaças feitas pelo suspeito também foram entregues à polícia. As imagens teriam mostrado Renato transando sem camisinha com várias mulheres.
Outra mulher, de 29 anos, que também se envolveu com Renato, revelou que ele a obrigou a não usar o presevativo. “Dois meses mais tarde, recebi uma mensagem dessas meninas dizendo que eu corria o risco de estar contaminada. Hoje, as vejo como anjos de Deus, mas foi um choque. Aí, entendi a insistência pelo não uso do preservativo, as coisas que ele dizia, que ia marcar a minha vida. Eu, por sorte, por força divina, não fui contaminada. O nosso objetivo, agora, é impedir que outras mulheres se tornem vítimas”, disse.
O advogado de defesa de Renato, Rafael Faria, disse que as acusações são uma “tentativa de revanchismo”. “O Renato vem sendo perseguido por uma ex-companheira. Ele é portador do HIV, mas se cuida e não tem intenção de passar o vírus para ninguém. Ele está sendo difamando por conta do término de um relacionamento”, afirmou ao jornal carioca.