Os trabalhadores da Petrobras na Bahia decidiram suspender a greve da categoria, iniciada nacionalmente no dia 1º de novembro, e retomaram as atividades na manhã deste sábado (14), segundo informou o coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro-BA), Deyvid Bacelar.
A decisão por suspender a paralisação foi tomada após assembleia que durou quase cinco horas, realizada no bairro do Itaigara, em Salvador, na sexta-feira (13). Foram 123 votos a favor da suspensão da greve, 65 contra e 01 abstenção.
O retorno aos trabalhos foi um indicativo da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que representa 12 sindicatos, após a Petrobras fazer a última proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho 2015, na quarta-feira (11). Os petroleiros, no entanto, afirmam que vão manter o estado de greve até que todas as reivindicações sejam atendidas. Durante a greve, em torno de 80% dos funcionários da companhia pararam no estado, conforme o sindicato.
Dentre as demandas da FUP estão a reposição de empregados por meio de concurso público, reformulações da política e gestão de segurança, meio ambiente e saúde, continuidade de grandes obras da companhia e a revisão do plano de desinvestimentos da companhia.
“Houve aprovação da última proposta da empresa, que garantiu criação de grupo detalhado técnico para discutire plano de investimento, plano de desinvestimentos e financiamento. Nessa proposta também ficou acordado avanços no tema de SMS [meio ambiente e saúde]. A empresa ficou de desenvolver em 60 dias um relatorio e encaminhar ao governo federal”, disse”, disse Bacelar.
“Caso nao haja avanços com relação aos temas que ficaram para ser tratados em prazo de 60 dias poderemos voltar a paralisar as atividades a qualquer momento. O estado de greve significa então que nós suspendemos a greve e não que a finalizamos”, destacou.
Em nota, a Petrobrás informou que propôs um reajuste de 9,53% nas tabelas salariais e em outras parcelas remuneratórias e disse que a proposta para o acordo coletivo mantém os benefícios e vantagens que fazem parte do acordo vigente.
A companhia disse que também se comprometeu a criar um grupo técnico, com representantes da Petrobras e da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos, para elaborar um relatório sobre itens constantes na Pauta pelo Brasil da FUP e que o grupo deverá elaborar um relatório para análise da direção da empresa.
Segundo a empresa, “Essa é a proposta definitiva da companhia e traduz o empenho máximo para atender às reivindicações dos empregados e seus representantes”.