Pacientes apresentam sequelas respiratórias após dois anos

Por Redação
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Um estudo recente da Universidade de São Paulo revelou que a grande maioria das pessoas que se recuperaram da Covid-19 ainda enfrentam sequelas respiratórias. Essa pesquisa, conduzida pelo professor de medicina da USP Carlos Carvalho, teve como objetivo compreender os impactos a longo prazo da doença.

Os resultados do estudo apontam que a gravidade da Covid-19, incluindo a necessidade de internação e ventilação, juntamente com a idade do paciente, são fatores determinantes para o desenvolvimento de sequelas respiratórias após a cura. O acompanhamento de pacientes graves internados durante a pandemia no Hospital das Clínicas foi fundamental para a análise desses impactos.

Após dois anos da infecção, cerca de 90% dos participantes apresentaram alguma alteração respiratória, conforme indicado no estudo. O Jornal da USP destaca que muitas dessas sequelas são consideradas severas, evidenciando sinais de inflamações nos pulmões e possíveis indícios de fibrose.

Além disso, observou-se que, no período de seis a 12 meses após a infecção, apenas 2% dos pacientes apresentaram melhorias nas condições respiratórias, enquanto 25% enfrentaram piora. Ademais, foi constatado que o tempo de internação, o uso de ventilação mecânica invasiva e a faixa etária do paciente também influenciam significativamente nas sequelas pós-Covid.

Carvalho ressaltou a importância do monitoramento contínuo desses pacientes, visto que os dados obtidos podem contribuir para prever os impactos na saúde pública nos próximos anos. A continuidade dos estudos relacionados às sequelas a longo prazo da Covid-19 é essencial para aprimorar o tratamento e a reabilitação dos indivíduos afetados pela doença.

Diante dessas descobertas, fica evidente a necessidade de um acompanhamento mais atento e personalizado dos pacientes que se recuperaram da Covid-19, a fim de identificar precocemente possíveis complicações e garantir uma abordagem terapêutica adequada. A equipe de pesquisadores e profissionais de saúde segue empenhada em aprofundar o conhecimento sobre as consequências da doença a longo prazo, buscando proporcionar uma melhor qualidade de vida para aqueles que enfrentam as sequelas respiratórias pós-Covid.

Com o avanço da ciência e a dedicação dos especialistas, espera-se que novas terapias e estratégias de intervenção sejam desenvolvidas para minimizar os danos causados pela Covid-19 e proporcionar uma recuperação mais eficaz e rápida para os pacientes afetados. A pesquisa científica continua sendo uma aliada fundamental na luta contra os efeitos devastadores desencadeados pela pandemia, e cada descoberta representa um passo importante rumo à superação desse desafio global.

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