Neste domingo (5), às 19h04 (pelo horário de Brasília), a Lua chegará ao perigeu, que é o ponto de sua órbita mais próximo da Terra. Na ocasião, ela estará posicionada na constelação de Peixes.
De acordo com a plataforma In-The-Sky.org, a distância da Lua em relação à Terra varia porque sua órbita não é perfeitamente circular – é ligeiramente oval, traçando um caminho chamado uma elipse. À medida que ela atravessa esse caminho elíptico ao redor do nosso planeta a cada mês, sua distância varia entre 356.500 km no perigeu e 406.700 km no apogeu (ponto mais distante).
O tamanho angular do astro também varia pelo mesmo fator, entre 29,4 e 33.5 minutos de arco. Ao atingir o perigeu, nosso satélite natural chega a ficar até 14% mais brilhante no céu, quando visível. Isso, no entanto, é difícil de detectar na prática, já que as fases da Lua estão mudando ao mesmo tempo.
Já na manhã de segunda-feira (6), a Lua alcançará o periélio, o ponto de sua órbita mais próximo do Sol. Isso acontecerá às 5h34, quando ela estará a 1,0067 unidades astronômicas (UA) da nossa estrela hospedeira – algo em torno de 151 milhões de km.
Como na quarta-feira (8), a Lua começará a passar entre a Terra e o Sol, ela está quase na fase nova, período em que sua face iluminada pelo astro não está voltada para nós, motivo pelo qual dificilmente conseguimos observá-la a olho nu.
Leia mais:
Sobre as fases da Lua
A lua nova marca o início do mês em calendários lunares, como o muçulmano, e nos calendários lunissolares, tais como o judaico, o hindu e o budista.
Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, ela passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.
Também existem as “interfases”: quarto crescente e crescente gibosa (entre as fases nova e cheia) e minguante gibosa e quarto minguante (entre a cheia e a minguante).
Neste movimento cíclico e recorrente, a Lua desempenha um papel fundamental na interpretação de calendários lunares ao redor do mundo. Seu percurso variável ao redor da Terra é um espetáculo observável que intriga e fascina tanto os astrônomos quanto os curiosos sobre os mistérios do cosmos.
Assim, à medida que nos aproximamos do perigeu da Lua neste domingo e nos encaminhamos para a chegada do periélio na segunda-feira, vale refletir sobre a imensidão e regularidade dos movimentos celestes que envolvem nosso planeta e seus corpos celestes naturalmente orbitantes. Com suas nuances e detalhes, o universo continua a nos maravilhar e convidar a contemplar a complexidade da vida e do espaço ao nosso redor.