Análise detalhada da eficácia de alternativas ao uso de animais em experimentos

Por Redação
2 Min

Em artigo publicado no Journal of Fungi, pesquisadores de instituições do Brasil, dos Estados Unidos e da Colômbia investigaram interações entre fungos e hospedeiros, apresentando uma exposição abrangente de aplicações empregando metodologias alternativas ao uso de animais mamíferos.

Os métodos alternativos in vitro e in vivo têm potencial para substituir o uso de animais, sendo mais rápidos, baratos e com condições experimentais controladas. Além disso, permitem o uso de células humanas, eliminando o problema da distância filogenética entre animais e humanos e aumentando a taxa de sucesso na transição de testes pré-clínicos para clínicos.

As pesquisadoras Maria José Soares Mendes Giannini e Ana Marisa Fusco Almeida desenvolvem metodologias in vitro e in vivo para avaliação de toxicidade, utilizando diversos modelos animais alternativos. Tais modelos são utilizados para estudar infecções fúngicas, virulência, resposta imune, eficácia terapêutica e segurança toxicológica.

Além disso, as pesquisadoras colaboram com indústrias farmacêuticas e veterinárias no desenvolvimento e avaliação de produtos antimicrobianos, bem como participam do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) da FAPESP.

A utilização de métodos alternativos ao uso de animais de experimentação é uma tendência global, respaldada pela Lei nº 11.794 no Brasil. A ciência de animais de laboratório é regida pelos princípios dos “3R’s”: redução, refinamento e substituição, incentivando a redução do número de animais utilizados e a busca por métodos alternativos.

Algumas agências regulatórias, como o FDA nos EUA e a EMA na União Europeia, possuem programas para implementação de métodos in vitro, visando substituir estudos em animais. A Renama, do CNPq/MCTI, desempenha um papel fundamental na disseminação desses ensaios e garantia da qualidade dos serviços ofertados.

O artigo “Alternative Non-Mammalian Animal and Cellular Methods for the Study of Host–Fungal Interactions” pode ser acessado em: https://www.mdpi.com/2309-608X/9/9/943.

Informações da Agência FAPESP

Compartilhe Isso