Cada entardecer, o espetáculo do Sol mergulhando no horizonte enche o céu de cores encantadoras, mas de onde vêm essas tonalidades que tingem o crepúsculo? De acordo com um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, as cores visíveis ao pôr do Sol – e até mesmo aquelas não visíveis – são resultado do fenômeno conhecido como espalhamento de luz.
Quando os raios solares se deparam com partículas suspensas no ar, a luz se dispersa em diversas direções. A luz solar, apesar de branca, contém, na verdade, todas as cores do arco-íris.
Ao adentrar na atmosfera, a luz branca entra em contato com moléculas de gases como oxigênio e nitrogênio. Essa interação divide a luz em múltiplas cores, as espalhando em todas as direções, semelhante a um pente separando fios de cabelo.
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O comprimento de onda de cada cor é a chave para a intensidade da sua presença durante o pôr do Sol. A luz azul, por exemplo, de comprimento de onda curto, se dispersa facilmente, tonalizando o céu de azul. Já a luz vermelha, com comprimento de onda longo, não se espalha tanto, o que nos permite visualizar predominantemente cores como o vermelho e o laranja ao observar o crepúsculo.
Eventos naturais, como erupções vulcânicas, podem intensificar ainda mais esse espetáculo de cores. As partículas lançadas na atmosfera durante uma erupção, como ácido sulfúrico, cinzas e poeira, podem contribuir para um pôr do Sol carmesim intenso. Essas partículas vulcânicas podem viajar pelo planeta, interferindo até mesmo no crepúsculo em locais distantes.
Assim, o crepúsculo se revela como uma manifestação multicolorida que envolve a interação entre luz e partículas, resultando em uma combinação magnífica de ciência e beleza natural. É a natureza nos presenteando com uma obra de arte efêmera, digna de ser apreciada a cada dia.
Para além do fascínio visual, essa demonstração da natureza nos permite vislumbrar como pequenas partículas no ar têm o poder de engendrar algo tão grandioso. Portanto, ao contemplar um pôr do Sol, valorize cada cor, tendo em mente a complexa interação científica por trás desse espetáculo visual. Afinal, cada entardecer possui uma história científica única a ser desvendada.