Projeto busca identificar falhas e fortalecer políticas públicas para prevenção de desastres ambientais

Por Redação
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O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Nacionais (Cemaden), a Universidade de Glasgow (Escócia), o Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT) da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) estão colaborando em um projeto chamado “Capacidades Organizacionais de Preparação para Eventos Extremos (Cope)”. Esse projeto, financiado pela FAPESP, tem como objetivo realizar um diagnóstico da estrutura de governos municipais brasileiros e de comunidades para o enfrentamento de desastres ambientais.

O projeto envolve a participação de cientistas de diversas áreas da pós-graduação e inclui etapas como a aplicação de questionários virtuais, desenvolvimento de sistemas de alerta centrados nas pessoas e pesquisa de campo. Na primeira fase, serão abordadas as 184 cidades da bacia do rio Paraíba do Sul, com projetos-piloto implementados em três municípios de portes diferentes. Na segunda etapa, governos municipais e órgãos de Defesa Civil locais serão convidados a participar.

Os eventos climáticos extremos e frequentes tornam necessária uma ação coordenada de diversos atores para reduzir vulnerabilidades. O sociólogo Victor Marchezini, pesquisador do Cemaden e responsável pelo Cope, destaca a importância do projeto e a necessidade de fortalecer as capacidades institucionais e comunitárias para enfrentar tais desafios.

A região Sul do Brasil, por exemplo, tem sido afetada por desastres ambientais que causaram danos significativos. O aumento da frequência e intensidade desses eventos exige um maior preparo por parte das comunidades e das instituições. O projeto Cope busca justamente contribuir para a redução de riscos e danos, fortalecendo as capacidades de enfrentamento e prevenção.

Com a aplicação de novas metodologias e a análise dos impactos socioeconômicos dos desastres ambientais, os pesquisadores visam aprimorar as políticas públicas e fortalecer as capacidades institucionais e comunitárias. A conscientização da população e a participação ativa são fundamentais para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas e garantir a segurança e o bem-estar das comunidades afetadas.

Informações da Agência FAPESP

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