Um estudo recente publicado no Journal of Medicinal Chemistry descreve o desenvolvimento de uma molécula inédita capaz de inibir a proteína VRK1, associada a vários tipos de câncer, incluindo mama, próstata, ovário, intestinos e gliomas. Essa nova molécula representa uma ferramenta importante para investigar os efeitos da inibição da VRK1 em células saudáveis e tumorais, consolidando-a como um potencial alvo terapêutico e abrindo caminho para possíveis tratamentos inovadores.
Pesquisadores do Centro de Química Medicinal (CQMED) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Aché Laboratórios Farmacêuticos lideraram o estudo, que envolveu colaboradores de vários países. Após cinco anos de pesquisa intensiva nessa proteína-alvo, a equipe identificou uma molécula derivada de diidropteridinona capaz de inibir de forma potente e seletiva a VRK1 em células.
Essa descoberta é resultado de um projeto colaborativo seguindo os princípios da ciência aberta, com financiamento do programa PITE e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) Centro de Química Medicinal de Acesso Aberto. Embora promissora, a molécula ainda requer mais testes antes de ser considerada um potencial fármaco para o tratamento de câncer.
O estudo ressalta a importância de desenvolver inibidores específicos para as quinases humanas menos conhecidas, como a VRK1, a fim de avançar no entendimento e caracterização funcional dessas enzimas. A pesquisa detalhada pode ser acessada no artigo “Novel dihydropteridinone derivatives as potent inhibitors of the understudied human kinases Vaccinia-Related Kinase 1 and Casein Kinase 1δ/ε” pelo link: https://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/acs.jmedchem.3c02250.
Informações da Agência FAPESP