Processo inovador desenvolvido pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) utiliza o mel de abelhas sem ferrão para extrair de forma mais eficiente teobromina e cafeína das cascas de amêndoas de cacau, compostos aplicáveis em produtos alimentícios e cosméticos.
Essas cascas são naturalmente ricas em teobromina e cafeína, mas os métodos tradicionais de extração costumam envolver solventes prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, além de serem complexos e demorados.
A invenção, liderada por pesquisadores da Unicamp, propõe um método de extração auxiliado por ultrassom de alta intensidade, utilizando o mel de abelhas sem ferrão como solvente natural. Esta abordagem elimina o uso de solventes orgânicos prejudiciais, simplificando o processo de extração, reduzindo o tempo necessário e tornando-o mais sustentável.
A teobromina é um estimulante do sistema nervoso central encontrado no cacau, e a cafeína possui ação semelhante, porém mais suave. Tradicionalmente, esses resíduos agrícolas são descartados ou subutilizados, mas a extração desses compostos permite reduzir o volume de resíduos, promovendo a economia circular e mitigando o impacto ambiental do desperdício.
A utilização do mel de abelhas sem ferrão como solvente apresenta benefícios à saúde, como propriedades antibacterianas, antioxidantes e nutritivas. Além disso, enriquece o produto final com um potencial único de utilização em uma variedade de produtos alimentícios e cosméticos. A técnica de extração assistida por ultrassom em conjunto com o mel de abelhas sem ferrão aumenta a eficiência do processo, resultando em extrações mais rápidas e com maior rendimento de teobromina e cafeína. o que simplifica o processo.
O depósito da patente no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) foi realizado em março (nº BR 10 2004 005638 8).
Informações da Agência FAPESP