Série de seminários busca fomentar a colaboração entre pesquisadores dos Estados Unidos e do Estado de São Paulo (imagem: reprodução)Série de seminários busca fomentar a colaboração entre pesquisadores dos Estados Unidos e do Estado de São Paulo (imagem: reprodução)
Nos Estados Unidos, um projeto financiado pela National Science Foundation (NSF) busca promover a interação entre pais e professores de crianças em idade pré-escolar para o desenvolvimento de atividades cotidianas relacionadas à construção do pensamento algébrico. O pensamento algébrico envolve a capacidade de generalizar, representar, justificar e raciocinar com estruturas e relações matemáticas abstratas. Realizado com famílias latinas, o projeto é bilíngue e as atividades podem ser realizadas em casa ou na creche.
Outra iniciativa norte-americana envolvendo mais de 5 mil estudantes negros e latinos do ensino fundamental busca aumentar o engajamento desses jovens com a matemática.
No Brasil, um estudo realizado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) com o apoio da FAPESP avalia o impacto de clubes de matemática na formação do pensamento algébrico em crianças do ensino fundamental.
Essas iniciativas foram apresentadas no webinar “NSF-FAPESP Education in STEM”. O evento teve como objetivo promover a colaboração entre pesquisadores dos Estados Unidos e do Estado de São Paulo, compartilhando projetos bem-sucedidos que buscam a equidade nas áreas de STEM (ciência, tecnologia, engenharia e matemática) e melhorias na prática de ensino.
O ensino de matemática é crucial para direcionar os alunos para carreiras em STEM. No entanto, o acesso a essas disciplinas ainda é desigual, principalmente para minorias.
Além do engajamento dos alunos em matemática, foram apresentados projetos para aprimorar a formação dos professores. No Brasil, os professores das fases iniciais geralmente têm pouco treinamento em matemática, o que contribui para uma lacuna no ensino dessa disciplina.
Os baixos salários dos professores também foram apontados como um obstáculo para maior acessibilidade dos jovens às disciplinas de STEM nos dois países. A falta de tempo dos professores também é um desafio, dificultando a participação em pesquisas e treinamentos.
O webinar contou com a participação de diversos pesquisadores e a mediação de representantes da NSF e da FAPESP. O evento completo pode ser assistido em: www.youtube.com/live/HGmA1yOlzg8.
Informações da Agência FAPESP
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