O solstício de inverno marca o momento em que o Sol atinge sua máxima declinação, seu ponto mais ao sul no horizonte, inaugurando a estação mais fria do ano. É um fenômeno astronômico de extrema importância e que influencia diretamente as condições climáticas e a quantidade de luz solar recebida em cada região do planeta.
De acordo com especialistas, o solstício de inverno é resultado da inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao plano de translação ao redor do Sol, conhecido como plano da eclíptica. Essa inclinação é responsável pela variação na posição do Sol no céu e pela mudança das estações ao longo do ano. Durante o solstício de inverno, o Hemisfério Sul está inclinado em direção ao Sol, o que resulta em dias mais curtos e noites mais longas.
Além disso, o movimento da Lua em relação ao horizonte também desempenha um papel fundamental na dinâmica celeste. A órbita lunar está inclinada em cerca de 5 graus em relação ao plano da eclíptica, o que provoca variações na sua posição no céu ao longo do mês. A cada duas semanas, a Lua atinge diferentes declinações, levando ao surgimento dos chamados lunistícios, momentos em que ela alcança sua máxima declinação ao norte ou ao sul.
É importante ressaltar que, quando a Lua atinge sua máxima declinação, conhecida como lunistício, a visibilidade do satélite natural varia em diferentes regiões do mundo. O lunistício maior, que ocorre quando a Lua atinge sua máxima declinação junto aos solstícios, pode gerar fenômenos únicos, como a popular “paralisação lunar”.
O termo “paralisação” da Lua tem sido utilizado pela mídia para descrever esse momento em que a Lua parece ficar momentaneamente estacionária no céu. No entanto, especialistas argumentam que essa tradução está incorreta e que o fenômeno está relacionado à máxima declinação do satélite, não a uma paralisação real.
Segundo projeções do Almanaque Astronômico Brasileiro, o solstício de inverno no Hemisfério Sul está previsto para ocorrer em 20 de junho, seguido pelo lunistício no dia 21. Nesse período, a Lua atingirá sua máxima declinação sul, proporcionando uma visão única que só se repete a cada 18,6 anos.
Dessa forma, tanto o solstício de inverno quanto o lunistício maior representam momentos especiais no calendário astronômico, marcando o início de uma nova estação e oferecendo aos observadores da natureza a oportunidade de contemplar a majestosidade do universo. Esses fenômenos celestes nos lembram da complexidade e da beleza do cosmos, inspirando-nos a buscar sempre mais conhecimento e compreensão sobre o infinito espaço que nos envolve.