A missão Chang’e 6, liderada pela China, foi lançada em 3 de maio de 2024, com um objetivo ambicioso: coletar amostras do lado oculto da Lua, algo jamais realizado até então. O sucesso da missão foi confirmado, e a espaçonave já está em viagem de retorno para a Terra, com previsão de pouso na próxima terça-feira, dia 25.
Durante sua jornada de volta, a cápsula da Chang’e 6 foi avistada por telescópios em solo, como o Observatório SONEAR-Wykrota-CEAMIG, localizado na Serra da Piedade, em Caeté, Minas Gerais, Brasil. O responsável por esse registro é o astrônomo amador Cristóvão Jacques, conhecido por seu canal no YouTube, pelo trabalho no CEAMIG e por fazer parte de outras redes de observação astronômica.
A sonda chinesa fotografada pelo observatório brasileiro pesa 8,2 toneladas e carrega consigo quatro componentes essenciais para a coleta de amostras lunares no lado oculto da Lua. Esse feito inédito representa um marco na exploração espacial, já que nenhum outro país havia conquistado tal feito até o momento.
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Para transportar as amostras coletadas, a Chang’e 6 utilizou um veículo ascendente, que as levou da superfície lunar para a órbita. Em seguida, as amostras foram transferidas para o módulo de reentrada, responsável por conduzi-las de volta à Terra, onde a chegada está programada para o dia 25 de junho.
Cristóvão Jacques explica que a visualização da nave chinesa perto da Lua requer o uso de um telescópio e uma câmera digital, além de conhecimento astronômico para identificar o objeto em questão. Ele ressalta que a sonda está próxima da Lua, mas não é visível a olho nu, demandando equipamentos adequados para sua observação.
Para aqueles interessados em acompanhar a trajetória da sonda, Jacques fornece um link onde é possível verificar a posição exata da espaçonave até seu retorno à Terra. Esse acompanhamento mais detalhado requer recursos específicos, o que demonstra a importância do trabalho de observatórios e astrônomos como Jacques na divulgação e monitoramento de atividades espaciais.
A missão Chang’e 6 representa um marco significativo na exploração espacial, não apenas pela coleta de amostras do lado oculto da Lua, mas também pela colaboração e registro de cientistas e entusiastas ao redor do mundo. Observatórios como o SONEAR-Wykrota-CEAMIG desempenham um papel fundamental na divulgação e monitoramento de eventos astronômicos, ampliando nosso conhecimento sobre o universo.