Recentemente, o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, publicou uma Nota Técnica (NT) com diretrizes temporárias de imunização contra a dengue, visando a utilização de doses da vacina atenuada prestes a vencer em junho e julho de 2024. De acordo com a Pfizer, a vacina atenuada é composta por agentes infecciosos vivos, mas enfraquecidos, que acionam o sistema imunológico, proporcionando proteção contra a doença.
A NT estabelece que as doses próximas ao vencimento devem ser realocadas para municípios não contemplados ou utilizadas para ampliar a faixa etária atendida. A vacinação contra a dengue continua recomendada para pessoas de 10 a 14 anos. Para as doses com vencimento em junho e julho, há orientações específicas:
– Estados com municípios não atendidos devem priorizar o remanejamento das doses para essas localidades.
– Em áreas em que todos os municípios foram contemplados, as vacinas podem ser administradas em indivíduos de 6 a 16 anos, conforme a OMS.
– Se necessário, a estratégia pode ser expandida para outra faixa etária até os 59 anos 11 meses e 29 dias, de acordo com a disponibilidade das doses.
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O Ministério da Saúde solicitou que os estados e municípios enviem relatórios sobre a execução da estratégia para garantir a administração da segunda dose aos vacinados. A pasta afirmou adquirir todas as doses oferecidas pela Takeda, empresa desenvolvedora da vacina Qdenga, limitando a imunização em crianças de 10 a 14 anos em 521 municípios, grupo com maior número de internações de acordo com a OMS.
Essas recomendações exemplificam a responsabilidade do governo em promover a vacinação eficiente, configurando uma resposta aos desafios presentes no combate à dengue. O remanejamento das doses expiradas é uma prática necessária para otimizar a utilização dos recursos, especialmente em um contexto de crise sanitária causada pela falta de adesão à vacinação advinda do negacionismo.
O Brasil enfrenta uma epidemia sem precedentes de dengue, com milhões de casos e milhares de óbitos registrados. A conscientização sobre a importância da imunização e as ações planejadas pelo Ministério da Saúde são essenciais para controlar a disseminação da doença. É fundamental que a população se engaje no processo de vacinação, a fim de colaborar na prevenção de complicações associadas à dengue.
Em suma, a divulgação da Nota Técnica e a estratégia definida pelo Ministério da Saúde para o uso das doses de vacina contra a dengue evidenciam o compromisso do governo em proteger a saúde da população e mitigar os impactos da epidemia. A cooperação entre autoridades e cidadãos é essencial para garantir o sucesso das iniciativas de imunização e conter a propagação do vírus da dengue no país.