Estudo revela que caminhar 7.500 passos diariamente auxilia na redução de sintomas de asma

Por Redação
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Caminhar pelo menos 7.500 passos diários pode contribuir para o controle da asma moderada ou severa em adultos, conforme indicado por um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e publicado recentemente em The Journal of Allergy and Clinical Immunology: In Practice.

O estudo sugere que as recomendações médicas e as políticas públicas devem concentrar esforços no incentivo ao aumento da prática de atividade física, em vez de focar na redução de períodos de sedentarismo. Embora sejam considerados hábitos excludentes, a prática de atividade física e o comportamento sedentário podem ocorrer de forma concomitante.

É importante ressaltar que a literatura científica já indicava que tanto a atividade física quanto o sedentarismo podem modular os sintomas da asma. No entanto, faltavam estudos aprofundados sobre seu impacto real, de modo que o tratamento da doença, que afeta cerca de 6,4 milhões de brasileiros, se mantém majoritariamente medicamentoso. O estudo investigou mais a fundo essa relação, considerando a variedade de comportamentos relacionados.

Durante a pesquisa, os pesquisadores analisaram dados de 426 pessoas com asma moderada a grave nas cidades de São Paulo e Londrina. Foram avaliados parâmetros como controle clínico da asma, qualidade de vida, sintomas de ansiedade e depressão, dados antropométricos e de função pulmonar. Os resultados mostraram que a realização de pelo menos 7.500 passos por dia pode melhorar o controle da doença, independentemente do comportamento sedentário.

Além disso, o estudo apontou que fatores emocionais, como ansiedade e depressão, também podem dificultar o controle da asma. Portanto, é essencial que os profissionais de saúde considerem esses aspectos ao tratar pacientes com a doença.

O artigo completo pode ser acessado em: https://www.jaci-inpractice.org/article/S2213-2198(24)00274-5/abstract#.

Informações da Agência FAPESP

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