As profissões intensivas em matemática estão em alta no mundo, mas o Brasil ainda precisa avançar

Por Redação
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Atividades que utilizam intensivamente a matemática contribuem significativamente para a economia brasileira, correspondendo a 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, gerando 7,6% dos empregos e pagando salários acima da média. Esses dados foram apresentados pelo matemático Marcelo Viana durante a 5ª Conferência FAPESP 2024, que discutiu a importância da matemática para o Brasil.

Viana, pesquisador titular do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), destacou que a matemática poderia contribuir ainda mais para a economia brasileira se estivesse no mesmo nível que países desenvolvidos. Ele enfatizou a necessidade de a universidade desempenhar um papel fundamental na formação e transferência de conhecimento para o setor produtivo, saindo da “torre de marfim” e se abrindo para o diálogo com empresas.

O matemático também apontou a falta de correspondência entre o que a academia oferece e o que o mercado demanda, principalmente em relação à formação em matemática. Ele ressaltou a importância de profissionais capacitados em matemática para a resolução de problemas reais e destacou que o país enfrenta um desafio estratégico nesse sentido.

Durante a conferência, foi discutida a queda nas matrículas de mestrado e doutorado em áreas consideradas essenciais para o desenvolvimento do país, como as Exatas, Biológicas e Engenharias. A situação preocupou os participantes, que ressaltaram a importância de investir na formação em matemática e em áreas correlatas para impulsionar o crescimento e a inovação no Brasil.

A conferência contou com a participação de renomados pesquisadores e foi transmitida no canal da Agência FAPESP no YouTube. A discussão sobre o valor da matemática para o Brasil ressaltou a importância dessa disciplina como fator chave para o desenvolvimento econômico e social do país.

Informações da Agência FAPESP

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