A “Noite Oficial dos Óvnis”, que ocorreu em 19 de maio de 1986, é considerada um dos eventos mais marcantes da ufologia mundial. Naquela data, testemunhas civis e militares em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás avistaram 21 objetos voadores não identificados, mais conhecidos como discos voadores.
Os radares do Centro Integrado de Defesa Aérea e de Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) detectaram esses OVNIs, levando a Força Aérea Brasileira (FAB) a enviar cinco caças para interceptá-los de forma pacífica. Os pilotos que participaram da perseguição relataram que os objetos realizavam manobras consideradas impossíveis para aeronaves da época, como voar em zigue-zague, alterar de cor, atingir velocidades muito elevadas e até mesmo desaparecer e reaparecer repentinamente.
Esses eventos ocorreram em locais estratégicos, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Centro Técnico Aeroespacial (CTA), o que trouxe ainda mais preocupação e interesse para as autoridades. Um repórter fotográfico registrou os objetos misteriosos, material posteriormente solicitado pela NASA para análise, mas que nunca foi devolvido.
Em uma coletiva de imprensa, o então ministro da Aeronáutica, brigadeiro Octávio Júlio Moreira Lima, afirmou que um dossiê sobre o incidente seria divulgado em 30 dias. No entanto, apenas 23 anos depois é que um relatório oficial foi liberado, mencionando que os fenômenos observados tinham características sólidas e aparentemente inteligentes, mas a Aeronáutica não possuía especialistas para investigar profundamente esses eventos aéreos.
A misteriosa noite dos óvnis se estendeu por quatro estados, gerando uma ampla gama de relatos e informações sobre o que realmente aconteceu naquela ocasião. O ufólogo Jackson Luiz Camargo, autor do livro “A Noite Oficial dos UFOs no Brasil”, afirmou que este caso é um dos mais significativos da ufologia mundial, sendo o evento com o maior número de testemunhas em todo o planeta.
Os caças da FAB que foram acionados para interceptar os OVNIs se depararam com objetos voadores que realizavam manobras incomuns, como pairar no céu, mudar rapidamente de cor, voar de forma errática e alcançar velocidades surpreendentes. Essas ações intrigantes se somaram ao fato dos objetos sobrevoarem áreas estratégicas como o INPE, o CTA e a Academia de Força Aérea, intensificando o mistério em torno do que foi testemunhado.
Após quase quatro décadas e a divulgação de documentos sobre o incidente, a “Noite dos Óvnis” ainda continua cheia de mistérios não resolvidos. O relatório oficial apontou a presença de objetos sólidos e inteligentes, que demonstravam capacidade de interação com os observadores, mas a falta de especialistas na área impediu uma investigação mais aprofundada.
A Aeronáutica encaminhou todo o material relacionado aos OVNIs para o Arquivo Nacional, reiterando a ausência de profissionais qualificados para lidar com esse tipo de fenômeno aéreo. Portanto, quase 36 anos depois, a famosa “Noite dos Óvnis” permanece como um enigma não resolvido, pronto para desafiar e intrigar aqueles interessados no desconhecido.