A baleia-azul, como maior animal do mundo, é uma espécie notoriamente difícil de encontrar. Porém, recentemente, uma equipe de pesquisadores da Universidade Nacional Australiana (ANU) conseguiu capturar em vídeo um momento bastante incomum: uma baleia-azul amamentando seu filhote.
Essa filmagem, divulgada no início de 2022, é considerada extremamente especial devido à raridade desse tipo de registro. Segundo a professora Karen Edyvane, líder do projeto de pesquisa, essa é a primeira vez que tal interação entre mãe e filhote é documentada no mundo das baleias-azuis.
“Nosso projeto de uma década tem nos proporcionado um olhar íntimo sobre o comportamento reprodutivo desses animais, muitos deles registrados pela primeira vez. Essa filmagem é emocionante, pois mostra um aspecto íntimo da vida desses gigantes do mar, que costumam viver de forma bastante solitária”, explicou Karen em entrevista concedida ao site da instituição.
Além desse momento íntimo de amamentação, a equipe de pesquisadores já capturou outros momentos relevantes na vida das baleias-azuis. Em 2023, as filmagens registraram os animais em um momento de “namoro íntimo”, revelando mais sobre o comportamento desses gigantes marinhos.
Karen ressalta a importância das águas de Timor-Leste para a conservação da espécie: “As águas profundas e costeiras de Timor-Leste são cruciais para a pesquisa e proteção das baleias-azuis. São locais acessíveis e propícios para o estudo desses animais raros.”
Outra pesquisadora, Elanor Bell, da Divisão Antártica Australiana, destaca a importância dessas águas não apenas como área de alimentação, mas também como local de reprodução das baleias-azuis. Até então, a reprodução desses animais era um verdadeiro mistério para a ciência.
Em resumo, as evidências coletadas pela equipe de pesquisadores da ANU e pela Divisão Antártica Australiana revelam Timor-Leste como um santuário vital para a vida das baleias-azuis. Esses registros inéditos não apenas contribuem para o conhecimento sobre a reprodução e o comportamento desses gigantes marinhos, mas também ressaltam a importância da conservação dessas espécies em ambiente marinho.