Controle glicêmico adequado pode minimizar a perda de mobilidade em idosos com diabetes

Por Redação
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Um estudo com 3.202 pessoas idosas demonstrou que o controle ideal da glicemia em diabéticos pode reduzir a diminuição da velocidade de caminhada, um indicador crucial de mobilidade nessa faixa etária. O declínio na velocidade de caminhada em idosos está associado à perda de independência e a um maior risco de acidentes, hospitalizações e mortalidade.

A pesquisa apontou que o mau controle glicêmico, e não necessariamente o diabetes em si, é um fator determinante para o declínio da velocidade de caminhada entre idosos, independentemente de suas condições de mobilidade anteriores. Isso sugere que o controle glicêmico adequado pode ser uma ferramenta valiosa para identificar precocemente o risco de perda de funcionamento em idosos.

O estudo, financiado pela FAPESP, foi conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e publicado na revista Diabetes, Obesity and Metabolism. O trabalho analisou dados de mais de 3 mil britânicos acima de 60 anos acompanhados ao longo de oito anos pelo Projeto ELSA, revelando que os participantes com diabetes e controle glicêmico adequado tiveram uma redução menor na velocidade de caminhada em comparação com aqueles com mau controle.

A redução na velocidade de caminhada é consequência de complicações causadas pelo diabetes em múltiplos órgãos do corpo, afetando a nutrição dos nervos e músculos e prejudicando a marcha. Além disso, os problemas vasculares oriundos do diabetes podem gerar maior formação de coágulos, colaborando para a limitação na mobilidade dos idosos.

Portanto, a pesquisa enfatiza a importância do controle eficaz da glicose no sangue para prevenir o declínio na velocidade de caminhada em idosos diabéticos, destacando a necessidade de manter a hemoglobina glicada abaixo de 7,0%. Esses dados reforçam a complexidade do diabetes e seus impactos na saúde geral dos indivíduos.

O estudo completo pode ser acessado em: https://dom-pubs.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/dom.15549?af=R.

Informações da Agência FAPESP

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