O apagão cibernético global que ocorreu na última sexta-feira (19) afetou diversos setores, inclusive a área da saúde. Hospitais e instituições médicas ao redor do mundo estão experimentando dificuldades, impactando desde marcações de consulta até a realização de procedimentos não urgentes.
Na Alemanha, por exemplo, dois hospitais nas cidades de Lübeck e Kiel precisaram cancelar cirurgias eletivas devido à pane global. Em Israel, mais de uma dúzia de locais, incluindo o provedor de serviços de saúde Meuhedet, estão operando de forma manual devido à interrupção. Já no Reino Unido, consultas médicas foram afetadas, com clínicos gerais enfrentando dificuldades para acessar exames, testes de sangue e históricos de pacientes.
O Serviço Nacional de Saúde britânico (NHS) informou que está recorrendo ao uso de registros em papel e prescrições manuscritas para manter o funcionamento do sistema de saúde diante da situação. No Brasil, embora o sistema do Ministério da Saúde não tenha sido impactado, relatos da rede privada indicam transtornos tanto para pacientes quanto para funcionários no atendimento e na marcação de exames.
Esses problemas na área da saúde são resultado de um defeito identificado em uma atualização do driver do Falcon Sensor, da empresa CrowdStrike. Esse ocorrido causou uma falha na nuvem do sistema operacional da Microsoft, fazendo com que o Windows apresentasse a conhecida “Tela Azul da Morte.
George Kurtz, CEO da CrowdStrike, afirmou que o problema não está relacionado a um incidente de segurança ou a um ataque cibernético, sendo identificado, isolado e corrigido devidamente. Apesar disso, os impactos já foram sentidos em diversos países ao redor do mundo nas mais diferentes áreas.
Em relação ao setor aeroportuário, os EUA enfrentaram confusões nos aeroportos, a Austrália teve longas filas e retenções devido a problemas nos serviços de check-in online, e no total, pelo menos 1.400 viagens foram canceladas globalmente devido aos transtornos causados pelo apagão cibernético global.
Além disso, o sistema de emergência 911 ficou inoperante no Alasca, e no Brasil, instituições financeiras também foram afetadas, com usuários relatando instabilidades nos aplicativos, problemas de login e de pagamentos.
Diante desse cenário de instabilidade causado pelo apagão cibernético global, resta aguardar a resolução completa do problema e a restauração plena das atividades em todos os setores afetados. Espera-se que medidas preventivas sejam implantadas para evitar que situações como essa voltem a impactar a rotina de milhões de pessoas ao redor do mundo.
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