Espécie descrita pela primeira vez em 1897 foi reencontrada
Cientistas de todo o mundo compartilham informações sobre descobertas de novos animais. Expedições são realizadas com certa frequência para monitorar as espécies já catalogadas, além de buscar novas descobertas. No entanto, com o desmatamento e as mudanças climáticas, algumas criaturas que já haviam sido identificadas podem simplesmente desaparecer.
O Spirostreptus sculptus é um animal invertebrado. Com a grande quantidade de pernas que possui, é conhecido como milípede. Esta espécie de centopeia foi inicialmente descrita em 1897 e não era avistada há 126 anos. Porém, após esse longo período, pesquisadores encontraram o animal na Floresta Makira, em Madagascar. A informação foi divulgada pela IFLScience.
A descoberta, ou reencontro, ocorreu durante a expedição da Re:wild, um grupo dedicado à conservação da vida selvagem e à busca por animais perdidos. A equipe passou semanas explorando a Floresta Makira, uma das maiores áreas protegidas de Madagascar.
Os pesquisadores afirmam que a região tem uma grande diversidade e é pouco explorada. Realizar expedições ali aumenta as chances de encontrar espécies que não são mais identificadas em outras partes do planeta.
O objetivo da expedição era localizar 30 animais desaparecidos. Entre as descobertas, destacou-se o milípede encontrado, uma fêmea com 27,5 centímetros de comprimento. Além disso, foram identificadas duas espécies de besouros e formigas que não eram documentadas desde 1958.
Novas visitas estão programadas para o local no futuro com o intuito de identificar outras espécies que estão desaparecidas há longos períodos de tempo.
Tão importante quanto encontrar novas espécies é preservar as que já conhecemos. A perda de habitats naturais devido ao desmatamento e às mudanças climáticas coloca em risco a existência de inúmeras criaturas, algumas das quais podem desaparecer antes mesmo de serem redescobertas.
Portanto, a realização de expedições e o apoio à conservação são medidas fundamentais para garantir a sobrevivência e a preservação das espécies existentes, assim como para a identificação de potenciais novas descobertas. É preciso investir em estudos e iniciativas que visem proteger a biodiversidade e o equilíbrio do ecossistema.
A redescoberta do Spirostreptus sculptus na Floresta Makira, em Madagascar, é um lembrete da importância de proteger o meio ambiente e os habitats naturais para garantir a sobrevivência de todas as formas de vida no planeta. A busca por animais perdidos não se resume apenas a uma simples curiosidade científica, mas tem um profundo impacto na preservação da biodiversidade e no nosso próprio futuro.