Um grupo de pesquisadores brasileiros identificou um potencial alvo para novos tratamentos contra infecções fúngicas, especialmente as provocadas pela espécie Aspergillus fumigatus. Esses fungos são responsáveis por complicações graves, como a aspergilose pulmonar invasiva, que apresenta altas taxas de mortalidade. O estudo, publicado na revista Communications Biology, destaca a importância de encontrar novas estratégias terapêuticas para combater essas infecções.
Durante o estudo, foram desenvolvidas linhagens mutantes de Aspergillus fumigatus, incluindo uma com seis sirtuínas deletadas. Os resultados mostraram que a inativação do gene sirE, que codifica a sirtuína E, tornou o fungo menos virulento, o que pode aumentar a eficácia dos medicamentos existentes e do sistema imunológico humano no combate à infecção.
A pesquisa, realizada por pesquisadores do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (IB-Unicamp) com apoio da FAPESP, visa encontrar uma molécula capaz de inativar a sirtuína E e sensibilizar o fungo aos tratamentos disponíveis. Essa abordagem pode contribuir para o desenvolvimento de novos medicamentos antifúngicos e reduzir a resistência às terapias existentes.
A descoberta do potencial alvo para novos tratamentos contra infecções fúngicas é um avanço significativo na luta contra a aspergilose pulmonar e outras doenças causadas por Aspergillus fumigatus. A pesquisa destaca a importância de investimentos em estudos que visam melhorar a eficácia dos tratamentos e reduzir os efeitos colaterais associados às terapias disponíveis.
Informações da Agência FAPESP