Ataques de Pânico: um mergulho nas sensações e reações do corpo
Coração acelerado repentinamente, suor intenso, tremores incontroláveis, falta de ar, náusea, dor no peito, tontura e sensação de que está prestes a desmaiar. Estes são alguns dos sintomas de um ataque de pânico, que podem variar para cada pessoa e ser assustadores para quem os sente.
Em alguns casos, há uma sensação de desconexão com o mundo real e medo de que esteja enlouquecendo. Há quem pense que está morrendo.
Ataques de pânico consistem em um repentino e intenso medo ou desconforto com ao menos quatro dos sintomas descritos acima, segundo a Universidade de Sydney. Para algumas pessoas, isso pode ocorrer de repente, como um trovão em um céu azul. Para outros, já é mais previsível e vem de uma escalada abrupta da ansiedade. Mas o que acontece com o corpo durante um ataque de pânico?
Com frequência, um dos primeiros sinais é a hiperventilação (respirar rapidamente). Isso desequilibra a quantidade de oxigênio e dióxido de carbono presente no corpo. Um baixo nível de carbono está associado a sintomas como pânico e tontura, enquanto o excesso de oxigênio traz a sensação de falta de ar.
Assim, a hiperventilação provoca uma série de outros sintomas do ataque de pânico, como visão borrada, formigamento, tensão muscular, dor no peito, aumento da frequência cardíaca, náusea e mudanças de temperatura.
De acordo com o WebMD, site de conteúdo sobre saúde revisado por médicos, o cérebro ativa o modo “lute ou corra” durante os ataques de pânico. Quando vivencia alguma forma de estresse, o corpo recebe uma série de substâncias químicas, como adrenalina, que acionam as mudanças psicológicas. As mudanças provocadas por esse hormônio fornecem energia suficiente para confrontar uma situação perigosa. O coração acelera, pupilas dilatam e a pele libera suor.
Mas, com os ataques de pânico, o corpo entra em alerta por nenhum motivo. As mudanças no corpo, entretanto, podem começar cerca de uma hora antes. Um estudo monitorou pessoas com distúrbio de pânico e concluiu que o nível de carbono estava menor do que o normal, um sinal de respiração rápida, 45 minutos antes do ataque. Uma reportagem do The New York Times diz que os sintomas desaparecem em meia hora.
Segundo o jornal, alguns cientistas acreditam que ataques de pânico ocorrem quando o cérebro não consegue enviar mensagem entre o córtex pré-frontal e a amígdala cerebral. O primeiro é responsável pela lógica e pela razão, enquanto o segundo faz a regulação emocional. Durante ataques de pânico, a amígdala se torna muito ativa, enquanto o córtex pré-frontal tem menos resposta.
Em resumo, a experiência de um ataque de pânico é intensa e assustadora, sendo essencial entender as reações do corpo para lidar melhor com essa situação. A busca por ajuda profissional e estratégias de enfrentamento pode ser fundamental para gerenciar e superar esses episódios de intensa ansiedade e medo.
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