Pesquisa identifica circuitos cerebrais envolvidos na sinalização da insegurança e formação da memória do medo

Por Redação
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Publicado na revista Current Biology, o artigo descreve experimentos que permitem mapear com precisão os locais no cérebro responsáveis pela identificação imediata de ameaças e pela formação de memória de medo. O estudo foi conduzido por Newton Sabino Canteras, professor titular do Departamento de Anatomia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e um dos autores do artigo.

O hipocampo, conhecido por estar envolvido na navegação espacial e na orientação do corpo no ambiente, também desempenha um papel na detecção de ameaças ambientais. O subículo, parte do hipocampo, é essencial para transferir informações relacionadas às ameaças ambientais ao hipotálamo.

O foco da pesquisa foi o núcleo pré-mamilar dorsal (PMd), uma interface crítica do circuito neuronal investigado, que foi observado como ativo quando o animal se direciona ao local aversivo e apresenta aumento da atividade quando próximo da fonte ameaçadora. A inativação do PMd resultou em uma redução significativa na resposta de defesa do animal e na modificação da reconsolidação da memória de medo.

Os pesquisadores também investigaram os principais alvos do PMd, a substância cinzenta periaquedutal (PAG) e o tálamo medial anterior (AM), observando que a inativação destes locais resultou em efeitos distintos na expressão do comportamento de defesa e na reconsolidação da memória de medo.

O estudo, intitulado “A subiculum-hypothalamic pathway functions in dynamic threat detection and memory updating”, contou com a colaboração de pesquisadores da Universidade de Bordeaux, França, e recebeu apoio da FAPESP por meio de diversos projetos. O artigo completo pode ser acessado em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0960982224006043.

Informações da Agência FAPESP

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