Categories: Ciência e Tecnologia

Por que as propriedades orgânicas certificadas por pares oferecem uma ampla variedade de produtos?

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) realizaram um estudo comparativo entre dois sistemas de certificação de produtos orgânicos adotados no Estado de São Paulo. O primeiro envolve auditoria convencional, feita por empresas credenciadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e acreditadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Já o segundo sistema de certificação é feito por pares.

Os resultados desse estudo, divulgados na revista Organic Agriculture, mostram que a auditagem por pares contribui para a agrobiodiversidade na produção orgânica. Isso significa que propriedades certificadas por pares oferecem uma variedade maior de produtos, evitando a monocultura em larga escala. A pesquisa foi conduzida por Tayrine Parreira Brito, doutoranda na Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) da Unicamp.

Nos últimos anos, a agricultura orgânica cresceu significativamente em todo o mundo. O Brasil é o quarto maior produtor global, com mais de 1 milhão de hectares destinados à produção orgânica. No entanto, especialistas alertam para a necessidade de combinar a produção orgânica com parâmetros ambientais e sociais.

Os Sistemas Participativos de Garantia (SPGs) têm desempenhado um papel importante na promoção da diversidade na agricultura orgânica brasileira. Eles permitem a certificação por pares e têm sido fundamentais para manter a sustentabilidade e a biodiversidade na produção orgânica.

Embora a certificação por SPG seja reconhecida no Brasil e no Chile, para acessar outros mercados globais, como a União Europeia e os Estados Unidos, os produtores ainda dependem da certificação por auditoria convencional. No entanto, alguns produtores estão buscando soluções para evitar a convencionalização da produção orgânica, como o caso de uma cooperativa de café orgânico mencionada no estudo.

Os SPGs têm se destacado por sua abordagem holística, inclusiva e por incluir critérios sociais e comportamentais em seus processos de certificação. O estudo em questão faz parte de um projeto de pesquisa conduzido por Tayrine Parreira Brito e orientado por Vanilde de Souza-Esquerdo, apoiado com bolsa da FAPESP.

O artigo completo pode ser acessado em: https://link.springer.com/article/10.1007/s13165-024-00468-3.

Informações da Agência FAPESP

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