Terapia celular contra o câncer da USP é premiada com o Prêmio Octavio Frias de Oliveira

Por Redação
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Uma pesquisa que resultou no desenvolvimento de uma terapia celular para neoplasias hematológicas venceu o 15º Prêmio Octavio Frias de Oliveira na categoria “Inovação Tecnológica em Oncologia”. As premiadas foram as pesquisadoras Virgínia Picanço e Castro e Renata Nacasaki Silvestre, do Hemocentro de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP). Elas conduziram um estudo apoiado pela FAPESP, divulgado na revista Frontiers in Immunology, que resultou no desenvolvimento de uma imunoterapia utilizando células NK modificado geneticamente para combater as células cancerosas.

Essas células CAR-NK, como são chamadas, apresentaram uma resposta superior à terapia convencional com células CAR-T, além de poderem ser mantidas em cultura, o que reduz os custos com o tratamento. A expectativa é que essa terapia se torne mais acessível e atenda a um número maior de pacientes, resultando em um avanço significativo no tratamento de neoplasias hematológicas.

Na categoria “Pesquisa em Oncologia”, as premiadas foram Patrícia Martins e Kátia Morais, cujo estudo identificou biomarcadores para o tratamento do câncer do colo do útero. O estudo, publicado na revista Scientific Reports, revelou que pacientes com determinado perfil imunológico respondiam positivamente ao tratamento de quimiorradioterapia, demonstrando a importância da regulação do sistema imunológico no combate a essa doença.

O oncologista Gilberto Schwartsmann foi escolhido como “Personalidade de Destaque” da premiação, destacando o trabalho das pesquisadoras premiadas e ressaltando a importância da atuação da FAPESP no apoio à pesquisa científica no Brasil. Schwartsmann ressaltou a relevância do ambiente de pesquisa nas universidades e o papel fundamental dos órgãos de fomento à pesquisa, como a FAPESP, para o avanço da ciência brasileira.

Informações da Agência FAPESP

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