Teste remoto de mobilidade e força muscular em idosos com demência: metodologia inovadora

Por Redação
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Pesquisa realizada na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) demonstrou a viabilidade de adaptar testes de mobilidade funcional e de força muscular para serem realizados de forma remota no ambiente doméstico. Essa iniciativa visa atender pessoas idosas com demência por meio da telessaúde, com um protocolo que inclui o treinamento de cuidadores e a supervisão on-line de profissionais de saúde.

Os testes de mobilidade funcional e de força muscular são amplamente utilizados por profissionais da área da gerontologia para avaliar o envelhecimento, prescrever tratamentos e exercícios físicos, além de avaliar o resultado de intervenções terapêuticas em pessoas idosas.

Segundo Larissa Pires de Andrade, professora do Departamento de Fisioterapia da UFSCar e coordenadora do estudo publicado na revista Geriatrics, Gerontology and Aging, realizar testes de mobilidade funcional e de força muscular por telessaúde pode ampliar o acesso da população idosa com demência aos serviços de saúde, especialmente em situações em que é desafiador o deslocamento até uma clínica, como durante a pandemia de COVID-19.

O estudo envolveu a realização remota dos testes por 43 indivíduos com diagnóstico clínico de demência, auxiliados por cuidadores, utilizando métodos da fisioterapia como a Short Physical Performance Battery, o 30 Seconds Sit to Stand, o Time Up to Go e o Time Up Dual Task. Os participantes tiveram acesso aos testes em casa por meio de uma plataforma on-line, com a supervisão de um profissional de saúde para garantir a correta execução dos procedimentos.

A adaptação dos comandos verbais e a capacitação dos cuidadores foram fundamentais para garantir a compreensão e a realização satisfatória dos testes pelas pessoas idosas com demência. Essa abordagem remota representa uma alternativa viável para a avaliação e reabilitação desse público, facilitando o acesso aos cuidados de saúde.

Esse estudo faz parte de um projeto maior do Laboratório de Pesquisa em Saúde do Idoso (LaPeSI) da UFSCar, financiado pela FAPESP, que tem como objetivo testar programas de telerreabilitação para idosos com demência. A pesquisa completa pode ser acessada em: https://ggaging.com/about-the-authors/1830/en-US.

Informações da Agência FAPESP

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