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Estudo aponta necessidade de fortalecimento das ações de proteção de florestas no Brasil para atingir metas internacionais

A sede da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) em 2025 será realizada no Brasil, sendo a primeira a ocorrer na Amazônia. O país está em um momento crucial para cumprir suas metas internacionais de redução de emissão de gases de efeito estufa. Para isso, é necessário ajustar as ações socioambientais e fortalecer políticas voltadas para a proteção das florestas e a restauração dos biomas. Essas são algumas das conclusões de uma pesquisa publicada na revista Perspectives in Ecology and Conservation, liderada por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

O estudo ressalta a importância de controlar o desmatamento ilegal e a degradação dos biomas, além de incorporar um olhar para as florestas secundárias, que surgem após a remoção da cobertura original. Também são sugeridas medidas para reforçar e expandir políticas que mantenham os serviços ecossistêmicos, incluindo mecanismos para atrair investimentos e financiar atividades de restauração e pagamentos por serviços ambientais em todos os biomas.

Os incêndios florestais registrados em 2020 na Amazônia e no Pantanal chamaram a atenção para a necessidade de aperfeiçoamento nas ações de prevenção e no financiamento das medidas. O Brasil vem enfrentando recordes de queimadas neste ano, o que evidencia a urgência de medidas eficazes para conter o desmatamento e restaurar os biomas.

A pesquisa destaca a importância de combater o desmatamento ilegal, ampliar a fiscalização e implementar programas de restauração em larga escala. Além disso, aponta a necessidade de criar incentivos financeiros para proprietários rurais, visando preservar áreas passíveis de desmatamento legal, e uma legislação nacional para proteger florestas secundárias.

O estudo aponta para os desafios em conter o aumento do desmatamento em todos os biomas, destacando o crescimento da remoção de vegetação nativa desde 2016. Também ressalta a importância das florestas secundárias, que têm potencial para sequestrar carbono da atmosfera, mas estão sujeitas a desmatamentos e incêndios.

Diante desse cenário, é crucial adotar medidas urgentes para cumprir as metas de redução de emissões e promover a restauração dos biomas brasileiros. O diálogo entre instituições e a responsabilização por ações ou omissões também são fundamentais para avançar na proteção ambiental e no combate às mudanças climáticas.

Informações da Agência FAPESP

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