Benefícios da pele artificial no estudo da esclerose sistêmica

Por Redação
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Um modelo de pele tridimensional capaz de mimetizar o que acontece com pessoas acometidas por esclerose sistêmica foi desenvolvido pelo doutorando da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) e colaboradores neerlandeses com apoio da FAPESP. Apresentado no 43º European Workshop for Rheumatology Research 2024 (EWRR), na Itália, o trabalho foi considerado um dos melhores pôsteres do evento.

O projeto consiste em um modelo de pele em 3D criado em laboratório que utiliza fibroblastos, células presentes na pele, e células do sistema imunológico chamadas de monócitos. Essa pele consegue se enrijecer, mimetizando o que ocorre na pele do paciente.

A esclerose sistêmica é uma doença autoimune rara e crônica que provoca um excesso de produção de colágeno e outras proteínas em vários tecidos, resultando em alterações degenerativas e formação de cicatrizes na pele, articulações e órgãos internos, além de anormalidades dos vasos sanguíneos.

O acúmulo de colágeno e outras moléculas de matriz extracelular resulta no espessamento e enrijecimento da pele de pessoas acometidas, prejudicando significantemente a qualidade de vida do paciente.

A pele criada em laboratório pode ser uma alternativa mais eficaz do que os testes em animais na busca por tratamentos. Esse modelo possibilita maior compreensão do processo da doença e colabora na busca por medicamentos e novos alvos terapêuticos.

O doutorando Djúlio Zanin integra a equipe do Centro de Terapia Celular (CTC), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na FMRP-USP e no Hemocentro de Ribeirão Preto. Atualmente, está em período sanduíche no Radboud University Medical Center (Países Baixos) com apoio de bolsa da FAPESP. Graças à excelência do resumo de seu projeto, recebeu apoio financeiro da European Alliance of Associations for Rheumatology (Eular) para comparecer ao evento na Itália.

Informações da Agência FAPESP

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