Com expressiva participação brasileira, foi concluída uma fase crucial do megaprojeto Deep Underground Neutrino Experiment (Dune), o mais ambicioso empreendimento para o estudo de neutrinos. Após três anos de trabalho, foram inauguradas as escavações subterrâneas para a construção da Long-Baseline Neutrino Facility (LBNF) em Lead, Dakota do Sul, Estados Unidos. As cavernas possuem mais de 150 metros de comprimento e abrigarão detectores de partículas preenchidos com 17 mil toneladas de argônio líquido puríssimo, resfriado a -184°C. Esses detectores informarão os cientistas sobre as transformações dos neutrinos após viajarem 1,3 mil quilômetros desde sua fonte no Fermilab, no Estado de Illinois, até a LBNF em Dakota do Sul.
A cerimônia de inauguração das cavernas reuniu autoridades políticas e científicas dos Estados Unidos e de outros países envolvidos no projeto, incluindo representantes brasileiros como Carlos Américo Pacheco, Antonio José de Almeida Meirelles, Maria Luiza Moretti e Pascoal Pagliuso. O objetivo do projeto é responder a perguntas cruciais como a predominância da matéria sobre a antimatéria, a formação de buracos negros e a composição da matéria escura no Universo, utilizando o mais poderoso feixe de neutrinos já concebido.
A colaboração Dune envolve mais de 1,4 mil cientistas e engenheiros de mais de 200 instituições em 36 países. A participação brasileira, com apoio financeiro da FAPESP e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), é fundamental para o projeto. O país será responsável pela purificação do argônio e pela estrutura de detecção das cintilações luminosas, com destaque para o inovador sistema de purificação do argônio.
O sistema projetado para purificar o argônio conta com materiais adsorventes extremamente sofisticados para capturar impurezas específicas, tornando-o extremamente puro. O desenvolvimento desse sistema foi premiado e deve gerar impactos tecnológicos significativos para a indústria brasileira. Além disso, o projeto gera empregos diretos e indiretos no setor industrial e nas universidades, impulsionando a economia e a tecnologia nacional.
Outra contribuição importante da ciência brasileira para o projeto Dune é o dispositivo X-Arapuca, que garante uma fotodetecção eficiente em sistemas de grande escala. Desenvolvido por pesquisadores brasileiros, o X-Arapuca já está em operação em programas menores e será utilizado nos detectores gigantes do Dune em Dakota do Sul.
O projeto Dune tem como objetivo estudar a violação da simetria de carga-paridade dos léptons, a matéria escura e a transformação dos neutrinos, contribuindo significativamente para a física de partículas e a compreensão do Universo. A participação brasileira destaca-se não apenas pela pesquisa avançada, mas também pela possibilidade de se tornar um hub regional do experimento e abrir oportunidades para o desenvolvimento científico e tecnológico do país.
Informações da Agência FAPESP
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