Por que as empresas devem liderar a implementação do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial?

Por Redação
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O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), lançado recentemente pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), apresenta grandes avanços em relação ao anterior, divulgado em 2021. Para alcançar os resultados almejados, é fundamental que a estratégia conte com o forte envolvimento do setor privado.

Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo (CTA) da FAPESP, destacou a importância de garantir o protagonismo do setor privado, uma vez que a maior parte dos investimentos em inteligência artificial no mundo é realizada por empresas, incluindo tanto as grandes quanto as startups.

O PBIA prevê investimentos da ordem de R$ 23 bilhões nos próximos quatro anos e está dividido em cinco eixos estruturantes: infraestrutura e desenvolvimento; difusão, formação e capacitação; IA para melhoria dos serviços públicos; para inovação empresarial; e apoio ao processo regulatório e de governança.

No âmbito empresarial, o plano estabelece nove ações, com foco no estímulo à cadeia de valor da IA e no uso da tecnologia para soluções na indústria brasileira, comércio e serviços. Dentre as ações previstas estão recursos para ampliar o uso da tecnologia em pequenas empresas, retenção de talentos qualificados e criação de um fundo de investimentos para startups de IA.

A implementação efetiva do PBIA requer a mobilização de todos os atores do sistema de ciência, tecnologia e inovação do país, como universidades, instituições de pesquisa e agências de fomento, para fomentar o surgimento de mais startups na área e promover o desenvolvimento econômico e a geração de empregos qualificados.

Além disso, o plano pretende incentivar a formação de profissionais capacitados para atender à demanda por inteligência artificial, aspecto crucial para impulsionar a adoção e o avanço dessa tecnologia. A inteligência artificial tem o potencial de gerar impactos significativos na economia global, impulsionando a produtividade e estimulando a inovação em diversos setores.

No evento, foi entregue o Prêmio Fiesp Inteligência Artificial para reconhecer casos de sucesso na aplicação dessa tecnologia por indústrias e startups. Entre os premiados, destaca-se a Altox, que desenvolveu uma plataforma de IA aplicada à toxicologia, em parceria com a indústria farmacêutica brasileira Eurofarma, resultando em economia significativa de recursos e tempo para o setor.

Como metatecnologia, a inteligência artificial está impulsionando o desenvolvimento de novas tecnologias e modelos de negócio, representando um marco na transformação digital e na competitividade das empresas. A qualificação e capacitação de profissionais são essenciais para aproveitar todo o potencial da IA e impulsionar o crescimento econômico e a inovação.

Informações da Agência FAPESP

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