O Institut Pasteur de São Paulo (IPSP) estabeleceu um grupo de pesquisas em julho para monitorar novas cepas do vírus influenza na cidade de São Paulo. Através de coletas regulares de amostras de esgoto, é possível identificar as cepas em circulação, prever a transmissão e contribuir para o desenvolvimento de vacinas mais eficazes.
O projeto, com duração prevista de quatro a cinco anos e financiamento da FAPESP, visa aprimorar a vigilância e agilizar a atualização das vacinas. A rápida mutação do influenza torna essencial o acompanhamento constante das cepas em circulação.
A vigilância por meio de amostras de águas residuais do saneamento básico tem mostrado eficácia e agora será implementada para monitoramento da influenza. Utilizado em mais de cem países durante a pandemia da COVID-19, esse método permite identificar precocemente os picos de transmissão, auxiliando na tomada de decisões em saúde pública.
Além disso, o IPSP pretende desenvolver uma vacina inovadora baseada em RNA autorreplicativo. Essa tecnologia, testada com sucesso em outros vírus, promete aumentar a eficácia da vacina e reduzir os efeitos colaterais, além de acelerar o processo de produção.
A preocupação principal é evitar que subtipos potencialmente pandêmicos, como a gripe aviária do tipo A, se espalhem. Com uma vigilância eficiente e imunizantes mais eficazes, é possível prevenir que essas cepas se tornem uma ameaça à saúde pública.
Informações da Agência FAPESP