Estima-se que existam cerca de 20 milhões de pacientes com feridas complexas em todo o mundo, com os mais diferentes formatos e tamanhos. Essa diversidade dificulta a aplicação de um único tipo de curativo para acelerar a recuperação da lesão. A startup Dermbio Biotech desenvolveu uma membrana cicatrizante personalizável com o apoio do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP.
O produto desenvolvido pela Dermbio é aplicado diretamente na ferida, formando uma membrana aderente no local afetado. Indicado para feridas crônicas em indivíduos como idosos com escaras, diabéticos com feridas nos pés, lesões por falta de vascularização ou queimaduras de segundo grau, o curativo não pode ser aplicado em lesões contaminadas por bactérias.
A Dermbio utiliza um solvente exclusivo em sua composição, o que a torna única no mercado. A membrana cicatrizante promove a proliferação celular, reduzindo o tempo de cicatrização. O diferencial está na ausência de componentes tóxicos, tornando o produto seguro para o organismo humano.
O projeto da Dermbio é inovador, buscando fornecer uma alternativa de alta qualidade de vida para pacientes com feridas crônicas. O curativo de alto desempenho oferece praticidade, conforto e redução de tempo de tratamento, além de ser custo-efetivo.
A aplicação da solução pode ser feita por spray ou com um aplicador especial, facilitando a adesão celular. A ideia é disponibilizar uma solução de fácil aplicação, reduzindo a necessidade de visitas diárias a unidades de saúde para tratamento.
A expectativa é que o produto esteja disponível no mercado em dois ou três anos, com o objetivo de chegar ao Sistema Único de Saúde (SUS), visto que a matéria-prima utilizada é de baixo custo e nacional. A Dermbio, spin-off da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), visa atender às necessidades de pacientes com feridas crônicas de forma inovadora e eficiente.
Informações da Agência FAPESP