Novo material que libera fertilizante de forma controlada e se degrada após 90 dias: conheça essa inovação para suas plantas

Por Redação
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Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram, em parceria com um produtor de antúrios de Holambra, no interior de São Paulo, um filme à base de algas e nanocelulose que substitui, com vantagens, o material importado usado pelo agricultor como recipiente para reproduzir a planta. Esse filme é capaz de liberar fertilizante lentamente no substrato, sendo adaptável para a reprodução de diversas culturas, além do ornamental antúrio.

No processo de desenvolvimento do filme, foram utilizadas substâncias como carragena (extraída de algas vermelhas) e alginato (obtido de algas marinhas marrons) para armazenar o fertilizante MAP. A adição de nanofibras de celulose melhorou as propriedades do material, tornando-o resistente e durável ao contato com a água.

O filme resultante foi moldado em vasinhos que podem substituir os tradicionalmente usados na reprodução da planta. Com testes realizados em campo, verificou-se que o material é capaz de manter a estrutura da planta, oferecendo suporte para o sistema radicular e liberando nutrientes de forma eficiente.

Além disso, o filme à base de alga e nanocelulose apresenta benefícios como economia de fertilizantes, menor lixiviação e biodegradabilidade, constituindo uma alternativa sustentável para a agricultura. O material também pode substituir as esferas de microplástico comumente utilizadas na liberação de fertilizantes, sendo uma opção mais amigável ao meio ambiente.

Os resultados do estudo, realizado em colaboração com o produtor de antúrios de Holambra, foram publicados na revista Cellulose e apoiados pela FAPESP. A pesquisa abre caminho para o desenvolvimento de novos materiais sustentáveis para o setor agrícola, com potencial de impacto positivo tanto economicamente quanto ambientalmente.

Informações da Agência FAPESP

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