O presidente Lula alertou mais uma vez para os perigos do aquecimento global e a falta de união em prol do combate às mudanças climáticas durante sua discussão na abertura da Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (24).
De acordo com Lula, a catástrofe climática se torna cada vez mais próxima, e o ano de 2024 já demonstra isso claramente. Ele ressaltou que o negacionismo em relação ao aquecimento global está se tornando insustentável, com o ano de 2024 caminhando para ser o mais quente da história moderna.
Segundo registros oficiais, o mês de agosto deste ano foi considerado o mais quente em 175 anos. O National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) dos Estados Unidos divulgou que o último mês foi o 15º consecutivo de recordes de calor, desde junho de 2023.
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No Brasil, a situação não é diferente. O Sul do país enfrentou a maior enchente desde 1941, enquanto a Amazônia passa pela pior estiagem em 45 anos. Os incêndios florestais se alastraram pelo território nacional, consumindo 5 milhões de hectares somente no mês de agosto. Em meio a isso, o presidente ressaltou que sua gestão não foge das responsabilidades e que não abre mão da soberania nacional.
Lula também chamou a atenção para a falta de cumprimento dos acordos climáticos internacionais. Ele destacou que o planeta não pode mais esperar pelas próximas gerações e que está cansado dos acordos que não são respeitados e das metas de redução de emissões de carbono que são negligenciadas.
As temperaturas globais têm mostrado um crescimento sem precedentes. A média global da superfície da Terra e dos oceanos em agosto foi 1,27 °C acima da média do século XX. Regiões como Europa, Oceania, Ásia, África e América do Norte também registraram recordes de calor, evidenciando a preocupante tendência.
De acordo com dados do Global Annual Temperature Outlook do National Centers for Environmental Information (NCEI), há uma probabilidade de 97% de que este ano encerre como o mais quente da história. O aumento das temperaturas não só traz impactos ambientais, mas também econômicos, pois muitas empresas e governos lucram com a degradação ambiental.
Por fim, o presidente enfatizou que a degradação ambiental é um problema que deve ser combatido, especialmente considerando que parte significativa da destruição é resultado de práticas ilegais que visam o lucro. Ele reforçou a determinação do governo em lutar contra ilícitos ambientais, garimpo ilegal e crime organizado, conectando suas declarações com a recente onda de incêndios florestais no Brasil, muitos dos quais foram provocados intencionalmente.
Diante desse cenário preocupante, o apelo do presidente Lula na Assembleia Geral da ONU reforça a urgência de ações concretas e efetivas para combater as mudanças climáticas e preservar o planeta para as futuras gerações. A conscientização e o engajamento de todos são fundamentais para enfrentar esse desafio global que impacta diretamente a vida no planeta Terra.