Diversidade funcional de aves insetívoras na Mata Atlântica é influenciada por cobertura florestal e tipo de ambiente

Por Redação
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Cinco séculos de exploração econômica e desmatamento deixaram marcas profundas na Mata Atlântica. Um estudo publicado na revista Environmental Conservation aponta que a cobertura florestal e o tipo de ambiente moldam a diversidade funcional das aves insetívoras no bioma. A fragmentação da floresta pode levar à perda de espécies que desempenham funções ecológicas específicas, como o controle de pragas, destacando a importância da conectividade entre os fragmentos florestais para preservar a biodiversidade e as funções ecológicas essenciais.

A pesquisa realizada por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp), com o apoio da FAPESP, foi conduzida no corredor ecológico da região Cantareira-Mantiqueira, no sudeste da Mata Atlântica. Os resultados revelaram que áreas com maior cobertura florestal abrigam mais espécies com funções ecológicas diversas, enquanto áreas com menor cobertura florestal apresentam uma diversidade funcional reduzida, comprometendo a resiliência do ecossistema e a oferta de serviços ecológicos importantes.

Além disso, o estudo apontou que a fragmentação da floresta pode resultar na perda de espécies com funções ecológicas específicas, como o controle de pragas. Isso impacta não apenas a própria mata degradada, mas também áreas ocupadas por plantações. A pesquisa ressalta a importância de integrar a conservação da biodiversidade com práticas de uso sustentável da terra, enfatizando a necessidade de políticas de conservação que promovam a restauração e conectividade dos fragmentos florestais.

Os pesquisadores utilizaram métodos de campo, observações e gravações de sons das aves para catalogar as espécies presentes em diferentes áreas de estudo. A análise estatística avançada foi aplicada para avaliar a relação entre a cobertura florestal, o tipo de ambiente e a diversidade funcional das aves. O artigo completo pode ser acessado em: https://doi.org/10.1017/S0376892924000080.

Informações da Agência FAPESP

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