“Cometa do Século” sai ileso de passagem junto ao Sol

Por Redação
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O cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) foi descoberto em janeiro de 2023 pelo Observatório Chinês de Tsuchinshan e teve sua passagem pelo periélio, ponto de maior proximidade com o Sol, ocorrida na última sexta-feira (27), confirmada pelo ATLAS, Sistema de Alerta de Impacto de Asteroides da NASA.

O encontro com o Sol poderia ter sido fatal para o cometa, mas contra todas as expectativas, ele não apenas sobreviveu, como também continua em sua trajetória, tornando-se ainda mais brilhante do que muitos especialistas previam. Originário da “borda” do Sistema Solar e composto essencialmente por gelo, o cometa já está entre os 30 corpos mais brilhantes do céu noturno e tem recebido a alcunha de “Cometa do Século” por alguns.

A atual posição do cometa no céu é favorável para observadores no Hemisfério Sul antes do amanhecer. Entretanto, a partir de 9 de outubro, ele passará a ser mais visível ao entardecer, conforme sua trajetória se eleva acima do plano do Sistema Solar.

Durante o periélio, o C/2023 A3 chegou a 58,6 milhões de quilômetros do Sol, marcando sua maior e talvez única aproximação com a estrela. Sua órbita é extremamente excêntrica, o que significa que ele pode deixar o Sistema Solar e nunca mais ser visto. Caso permaneça sob a influência da gravidade solar, o cometa pode retornar somente daqui a milhares ou até milhões de anos.

O cometa recebeu o nome de “Cometa do Século” devido à sua impressionante luminosidade, mas há discussões sobre se sua magnitude superará a do cometa McNaught, que passou em 2007 com uma magnitude de -5,5. A designação “C” indica que é um cometa não periódico, originário da Nuvem de Oort, enquanto “2023 A3” revela que foi o terceiro objeto do tipo descoberto na primeira quinzena de janeiro de 2023, com o sufixo Tsuchinshan-ATLAS em referência às instituições responsáveis pela descoberta.

O ponto de maior proximidade com a Terra, chamado perigeu, está previsto para o dia 12, quando o cometa estará a cerca de 70,67 milhões de quilômetros do planeta, entre as órbitas de Mercúrio e Vênus. Neste momento, ele poderá atingir um brilho semelhante ao de Vênus, o corpo celeste mais luminoso do céu noturno, com exceção da Lua.

Para mais informações atualizadas sobre o cometa C/2023 A3 e dicas sobre como observá-lo no céu, recomendamos acessar o link seguindo. A passagem desse cometa pelo Sistema Solar continua a despertar o interesse e a admiração de astrônomos e entusiastas da astronomia em todo o mundo.

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