Dez Centros de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial foram criados pela FAPESP em colaboração com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) com o objetivo de impulsionar as aplicações dessa tecnologia em diversos setores no Brasil. Localizados em diferentes regiões do país, esses centros realizam pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação voltadas para a solução de problemas que possam ser abordados por meio da inteligência artificial, especialmente nas áreas de saúde, agricultura, indústria e cidades inteligentes.
A parceria entre a FAPESP, o MCTI e o CGI.br teve origem em um acordo firmado em 2013, que permitiu o uso de recursos remanescentes de atividades de registro de domínio e alocação de endereços IP pela Fundação para projetos de pesquisa que contribuíssem para o avanço de tecnologias digitais no Brasil. Atualmente, os dez centros em operação reúnem 95 pesquisadores principais, 739 associados, universidades, instituições de pesquisa, parceiros privados e órgãos governamentais.
Uma das iniciativas mais significativas relacionadas à inteligência artificial no país, os Centros de Pesquisa em Inteligência Artificial receberão investimentos de R$ 1 milhão anualmente da FAPESP, MCTI e CGI.br, juntamente com contrapartidas de empresas parceiras, totalizando R$ 20 milhões por centro durante um período de até dez anos. Esses centros representam um marco no desenvolvimento de políticas nacionais de inteligência artificial, como o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que prevê investimentos de R$ 23 bilhões nos próximos quatro anos em cinco eixos estruturantes.
Além disso, a qualificação e requalificação de recursos humanos para promover aplicações em larga escala de inteligência artificial no Brasil é um desafio reconhecido pelos participantes dos centros. Iniciativas como cursos online, seminários e aulas têm sido promovidas para incentivar o interesse e a formação nessa área. Centros específicos, como o de Inovação em Inteligência Artificial para a Saúde, buscam desenvolver plataformas de letramento digital em inteligência artificial voltadas para profissionais de saúde, estudantes, docentes e idosos, apontando para a necessidade de estratégias diferenciadas de formação de recursos humanos nesse campo.
Informações da Agência FAPESP