Domo de Ferro de Israel: vulnerável a ataques de drones?

Por Redação
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A guerra no Oriente Médio tem provocado tensões nos sistemas de ataque e defesa de Israel. Durante este final de semana, o Hezbollah realizou ataques com drones extremamente mortais, resultando na morte de quatro homens e ferindo dezenas em uma base do Exército próxima a Binyamina, no norte israelense.

O ataque bem-sucedido levantou dúvidas sobre a eficácia do sistema de defesa aérea de Israel, conhecido como Domo de Ferro. Analistas afirmam que esse sistema é altamente eficaz contra foguetes, mas tem falhado quando se trata de detectar drones inimigos em ataques.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, admitiu publicamente o problema nesta segunda-feira. Ele destacou que estão em andamento “esforços significativos” para encontrar soluções que impeçam ataques desse tipo no futuro.

A maioria dos drones utilizados contra Israel são fabricados no Irã e fornecidos a grupos armados no Líbano, Irã e Iêmen. Eles possuem a capacidade de voar em baixas altitudes, o que dificulta sua detecção e, por vezes, são confundidos com pássaros. Além disso, sua baixa velocidade de voo (cerca de 200 km/h) torna mais difícil interceptá-los em comparação com a velocidade de aeronaves a jato.

Um relatório divulgado pelo Alma Research Institute revelou que, desde o início do conflito, foram identificados 559 incidentes de drones cruzando a fronteira norte de Israel em missões de ataque ou espionagem. Excluindo o ataque fatal em Binyamina, outros 11 ataques com drones resultaram em mortes.

O Domo de Ferro, principal sistema de defesa de Israel, entrou em operação em 2011 e é considerado uma das soluções tecnológicas mais avançadas para proteger-se de ataques inimigos durante uma guerra. Esse sistema foi estrategicamente posicionado em diversas áreas para interceptar foguetes dirigidos a Israel.

Com o auxílio de um radar que rastreia os ataques, o Domo de Ferro consegue diferenciar as ameaças que representam risco real para áreas habitadas daquelas que não oferecem perigo. Essa rede de defesa tem uma capacidade de interceptar mísseis em um alcance de 4 a 70 quilômetros, e o exército israelense garante uma taxa de sucesso de 75% a 90% nas tentativas de interceptação.

Portanto, diante dos ataques recentes com drones e das falhas no sistema de defesa aérea, Israel está trabalhando arduamente para aprimorar suas estratégias e reforçar sua proteção contra ameaças provenientes do ar. É crucial encontrar soluções eficazes para evitar novas tragédias como a ocorrida em Binyamina, reforçando a segurança do país e de sua população diante do cenário geopolítico atual do Oriente Médio.

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