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Homens sofrem mais com a gripe ou exageram nos sintomas?

A “gripe masculina”, termo frequentemente utilizado para descrever a tendência dos homens em exagerar seus sintomas de resfriado, vem sendo estudada sob uma nova perspectiva. Embora muitos considerem essa expressão como uma simples piada, a realidade por trás dela é mais complexa do que se imagina. A ideia de que os homens sofrem mais com resfriados leves do que as mulheres pode ter fundamento científico.

Um estudo recente, abordado no site The Conversation pela professora Thea van de Mortel da Universidade Griffith, demonstra que, apesar de homens e mulheres apresentarem sintomas semelhantes no início de infecções respiratórias como resfriados, as mulheres tendem a se recuperar mais rapidamente. Essa diferença na duração dos sintomas sugere que a “gripe masculina” pode não ser apenas uma questão de exagero, mas sim uma resposta biológica distinta entre os gêneros.

Pesquisas indicam que a composição genética e hormonal das mulheres pode influenciar em uma resposta imunológica mais eficiente. Os cromossomos X extras que as mulheres possuem carregam genes fundamentais para a função imunológica, conferindo uma vantagem no combate a infecções. Além disso, o estrogênio desempenha um papel crucial no fortalecimento da resposta do sistema imunológico, o que pode explicar a recuperação mais rápida das mulheres em comparação com os homens.

A professora van de Mortel ressalta que, embora os homens tenham uma maior probabilidade de morrer de algumas doenças infecciosas, como a COVID-19, a situação é menos clara quando se trata de enfermidades como a gripe. A incidência e mortalidade da gripe entre homens e mulheres variam significativamente entre diferentes países e subtipos do vírus, sendo influenciadas por fatores como idade, comportamentos sociais e transmissão do vírus.

Ampliando o debate sobre a “gripe masculina”, pesquisa mostram que os homens podem de fato apresentar sintomas mais intensos do que as mulheres em quadros virais. O que para uma mulher pode ser considerado um simples resfriado, para um homem pode se assemelhar à gripe. Portanto, é importante não menosprezar os sintomas e buscar ajuda médica quando necessário, independente do gênero.

Em resumo, a discussão em torno da “gripe masculina” vai além do senso comum e da piada popular. A resposta imunológica entre homens e mulheres pode variar devido a diferenças biológicas e hormonais, o que pode impactar a manifestação e a gravidade de infecções respiratórias. Portanto, é essencial considerar a individualidade de cada paciente e buscar um tratamento adequado, independentemente do estereótipo de gênero associado aos sintomas de resfriado.

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