Praia do Perequê, comunidade protegida por lei, enfrenta ameaça do lixo deixado por banhistas

Por Redação
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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) identificou altos níveis de contaminação na praia do Perequê, no Guarujá (SP), com predominância de plásticos e bitucas de cigarro. Essas descobertas, publicadas no Marine Pollution Bulletin, destacam a urgência da implementação de políticas públicas para abordar esse problema ambiental.

A pesquisa, fruto de uma parceria entre o Instituto do Mar (IMar) da Unifesp e a Secretaria do Meio Ambiente do Guarujá, teve como objetivo investigar as fontes de contaminação da praia, uma região de grande importância ambiental e econômica. A coleta de dados foi realizada em dez pontos da faixa de areia, abrangendo tanto o inverno quanto o verão, em dias de semana e fins de semana.

Os resultados revelaram que a poluição na praia do Perequê está majoritariamente relacionada às atividades turísticas, com um aumento significativo durante a alta temporada. O estudo apontou níveis elevados de contaminação por plástico e bitucas de cigarro, classificados como graves de acordo com critérios internacionais. Esses resíduos representam uma ameaça à saúde humana e à biodiversidade, devido aos componentes tóxicos presentes nas bitucas.

Além disso, a análise dos dados mostrou que a quantidade de lixo na praia era mais expressiva na parte seca em comparação com a parte molhada, sendo as bitucas de cigarro o resíduo mais coletado. Os pesquisadores também identificaram a presença de materiais pesados, como cacos de cerâmica e concreto, na região molhada, indicando diferentes fontes de contaminação.

Diante dessas constatações, os pesquisadores ressaltam a importância da conscientização da população e da implementação de medidas como a instalação de lixeiras e a proibição do fumo na praia. Essas ações são essenciais para mitigar o problema da poluição e preservar a qualidade ambiental da praia do Perequê.

Informações da Agência FAPESP

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