A rede de Centros de Excelência da Organização dos Estados Americanos (OEA) em Tecnologias Transformadoras agora conta com o Centro de Excelência em Inovação Oceânica e Tecnologias Transformadoras da Universidade de São Paulo (USP) (Inova Oceano) como um de seus membros. Em seminário realizado na USP, pesquisadores e autoridades celebraram a união, que deve fortalecer as pesquisas oceânicas, buscando inovações para a sustentabilidade do oceano.
A Unesco declarou os anos de 2021 a 2030 a década do oceano. Represento a FAPESP, uma das principais apoiadoras da pesquisa oceânica no Brasil. Muitas diferentes abordagens para proteger os oceanos dependem e derivam da pesquisa científica. Mais de um terço de todas as publicações sobre oceanos se originam no Estado de São Paulo. A maioria dessas pesquisas teve apoio da FAPESP ao longo das décadas.
Além disso, a Fundação já apoiou mais de 300 projetos em vida marinha, especialmente no âmbito dos programas BIOTA e Mudanças Climáticas Globais.
Para Alexander Turra, professor do IO-USP e coordenador do Inova Oceano e do Programa FAPESP para o Atlântico Sul e Antártica (PROASA), esse é um momento importante para a Universidade de São Paulo e para o Brasil, porque é realmente relevante ter a oportunidade de arranjos institucionais que nos permitam pensar sobre o oceano e suas relações com a solução dos problemas que enfrentamos, não apenas no Brasil, mas no mundo.
Para Kim Osborne, secretária-executiva para o Desenvolvimento Integral da OEA, o centro da USP passa a ser componente-chave da rede de centros de excelência da organização.
O evento contou ainda com a participação do embaixador Benoni Belli, representante permanente da Missão Brasileira junto à OEA. Estiveram presentes ainda autoridades acadêmicas, representantes da Marinha do Brasil, da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), por meio da deputada estadual Marina Helou, e pesquisadores internacionais.
O reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Jr., ressaltou o comprometimento da instituição com os ODS da ONU relacionados às mudanças climáticas e à sustentabilidade.
Apesar dos desafios pela frente, Carlotti apontou que a colaboração criada agora é favorável e que o trabalho conjunto vai cumprir o objetivo de aumentar o conhecimento sobre o oceano, sobre como protegê-lo e como trabalhar com esse espaço. Em alguns anos, certamente teremos resultados bastante relevantes.
A solenidade integrou a programação do Seminário de Inovação Oceânica e Tecnologias Transformadoras, realizado pelo Instituto de Estudos Avançados da USP, de 3 a 5 de dezembro. A proposta foi expandir as discussões e ações para enfrentar as crises planetárias pensando no oceano como protagonista central para o desenvolvimento sustentável.
Foram apresentados quatro centros de excelência da OEA, na Argentina, México, Colômbia e Panamá. Os pesquisadores do Centro Internacional de Pesquisa (IRC, na sigla em inglês), iniciativa do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS, na sigla em francês) da USP, apresentaram os pilares do novo centro, que terá uma agenda convergente com o Inova Oceano.
Para assistir ao primeiro dia do evento, que contou com a solenidade, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=TSQG3sCWN80. O segundo dia do seminário pode ser visto em: https://www.youtube.com/watch?v=CTgf2vQAIdU.
Informações da Agência FAPESP