A FAPESP, o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) e a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) uniram esforços para combater as principais doenças da citricultura, como a clorose variegada dos citros (CVC), também conhecida como amarelinho, a morte súbita dos citros e em especial o greening, com incidência de 44% nos pomares paulistas em 2024. Com o objetivo de reforçar essas ações, as três instituições criaram o Centro de Pesquisa Aplicada em Inovação e Sustentabilidade da Citricultura (CPA), lançado recentemente durante o evento SP Agro, no Palácio dos Bandeirantes.
O centro contará com um investimento total de R$ 200 milhões nos próximos cinco anos, renováveis por mais cinco anos. Desse montante, R$ 90 milhões serão aportados pelo Fundecitrus e a FAPESP, com os demais recursos correspondendo à contrapartida não financeira, em forma de investimentos em infraestrutura, salários de técnicos, entre outros aspectos. A missão do centro será desenvolver pesquisa, difundir conhecimento e transferir tecnologia para o setor, que é responsável por 8,2% das exportações paulistas e por 45 mil empregos no Estado.
A principal linha de pesquisa do CPA será focada na formação de novos grupos de pesquisa e consolidação de outros já estabelecidos, com o intuito de controlar o greening, especialmente nas áreas de conhecimento ainda não abordadas atualmente. O diretor-executivo do Fundecitrus, Juliano Ayres, destaca que a construção conjunta do CPA representa um importante passo para promover a sustentabilidade fitossanitária e econômica da citricultura.
O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Guilherme Piai, ressalta a importância da parceria para enfrentar os desafios da citricultura e destaca que o CPA é uma iniciativa que reúne investimentos e pesquisadores de alto nível. O centro também terá um papel significativo na difusão de conhecimento e transferência de tecnologia, contribuindo para o fortalecimento do setor citrícola em São Paulo e no combate ao greening.
Informações da Agência FAPESP