Um estudo realizado analisou imagens cerebrais de mais de 2,5 mil pessoas com doença de Parkinson em 20 países diferentes, conseguindo identificar padrões de neurodegeneração e criar métricas para cada uma das cinco etapas clínicas da doença. Publicado na NPJ Parkinson’s Disease, o trabalho representa um avanço significativo para o entendimento do Parkinson, possibilitando avanços diagnósticos e a possibilidade de testar e monitorar novos tratamentos de forma inédita.
Estima-se que cerca de 4 milhões de pessoas no mundo tenham doença de Parkinson, uma condição neurológica progressiva que afeta áreas do cérebro relacionadas aos movimentos. A progressão da doença é variável entre os pacientes e pode levar até 20 anos para passar por todos os estágios. Os primeiros sinais incluem tremores, rigidez muscular e lentidão de movimentos em apenas um lado do corpo, evoluindo para sintomas bilaterais e, no estágio avançado, resultando na dependência de uma cadeira de rodas devido à rigidez nas pernas.
O estudo conseguiu relacionar a escala de progressão da doença com alterações quantitativas nas imagens cerebrais, revelando alterações progressivas não apenas nas áreas ligadas ao movimento, mas também em outras áreas corticais. Essas mudanças, incluindo atrofia e hipertrofia em diversas estruturas cerebrais, estão diretamente relacionadas com o estágio da doença, sendo medidas submilimétricas que podem ser identificadas por programas de inteligência artificial.
Além de melhorar os diagnósticos, as métricas obtidas no estudo podem ter impacto nos tratamentos da doença de Parkinson. Atualmente, a doença não tem cura e é tratada através da reposição de dopamina. Com o progresso da doença atingindo outras áreas do cérebro e provocando sintomas não motores, como depressão, ansiedade e alterações cognitivas, as novas medidas podem auxiliar no monitoramento de futuras terapias que visem retardar a progressão da doença.
O estudo também representa um avanço no campo da ciência de dados, devido ao grande volume de informações coletadas de diversos países e grupos de estudo. Além de identificar métricas relevantes para a doença de Parkinson, o trabalho abre possibilidades para novas pesquisas utilizando inteligência artificial e dados de outras doenças neurodegenerativas.
O artigo completo pode ser acessado em: https://www.nature.com/articles/s41531-024-00825-9.
Informações da Agência FAPESP
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