Como o aplicativo para deficientes auditivos pode facilitar a experiência musical

Por Redação
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Com o intuito de incluir as pessoas que possuem deficiência auditiva no universo sonoro e musical, um doutorando pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP) e ex-bolsista da FAPESP desenvolveu o Timbrasom, aplicativo que transforma os sons em vibrações rítmicas.

O Timbrasom é capaz de traduzir as ondas sonoras em vibrações por meio do smartphone, permitindo que o celular vibre na palma da mão do usuário. O aplicativo possui duas principais funções: a tradução do som ambiente em vibrações e a tradução do áudio de outros aplicativos do smartphone simultaneamente.

Atualmente, o aplicativo está disponível gratuitamente para dispositivos Android e não requer processadores potentes. Trata-se de um produto mínimo viável, com funções e recursos fundamentais, e está em constante refinamento para melhorar sua usabilidade.

O criador do aplicativo se inspirou em experiências anteriores com sons e parâmetros sonoros para desenvolver o Timbrasom. Participou de um hackathon e, com a ideia de incluir deficientes auditivos no mundo musical, criou o aplicativo com a colaboração de outro participante. O Timbrasom pode traduzir até as ondas sonoras mais agudas, proporcionando uma experiência sensorial única.

Além disso, o Timbrasom abre possibilidades de inclusão na produção de arte e entretenimento, como auxiliar crianças com surdez parcial a tocar instrumentos musicais e possibilitar aulas de dança para deficientes auditivos. Projetos complementares visam desenvolver dispositivos que ampliem o uso do aplicativo, como comandos acessíveis para carros e braceletes que permitem a comunicação por vibrações.

Outras ideias incluem óculos com legendas simultâneas e tecnologia de Libras, trazendo uma experiência completa para as pessoas com deficiência auditiva. A proposta do Timbrasom é oferecer uma nova forma de consumir sons e promover inclusão e acessibilidade no universo musical.

Informações da Agência FAPESP

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