O herpes-zoster ganhou destaque na mídia quando Justin Bieber foi diagnosticado em setembro de 2022, despertando a curiosidade de fãs e curiosos. Muitos se questionaram sobre essa doença e sua relação com o herpes comum.
Apesar do nome semelhante, o herpes-zoster não tem nenhuma ligação com o herpes comum, uma vez que são causados por vírus diferentes. Na realidade, o herpes-zoster é resultado do vírus Varicela-zoster, que também é responsável por causar a catapora, especialmente na infância.
Essa condição pode surgir em qualquer estágio da vida de uma pessoa, pois o Varicela-zoster pode permanecer latente no corpo por longos períodos, reativando posteriormente para provocar novas lesões em forma de bolhas dolorosas pelo corpo.
Geralmente, o herpes-zoster se manifesta em indivíduos que tiveram catapora anteriormente, uma vez que o vírus pode permanecer “adormecido” nos nervos por anos. Quando o sistema imunológico está comprometido, o vírus pode se multiplicar novamente, desencadeando o herpes-zoster.
Os sintomas iniciais incluem formigamento e dor no local onde as lesões vão surgir, podendo ser acompanhados por febre baixa e vermelhidão antes do surgimento das bolhas com líquido. A dor aguda e intensa, assim como a sensação de choque, são características comuns.
Embora a condição seja geralmente passageira em pessoas saudáveis, podem surgir complicações, como a neuralgia pós-herpética, que causa dor prolongada. Outro estudo destacou o aumento do risco de doenças cardiovasculares em quem já teve herpes-zoster.
Além disso, o vírus pode ser transmitido pelo contato com pessoas que nunca tiveram catapora, resultando no desenvolvimento da catapora em vez do herpes-zoster.
Diversos fatores podem desencadear a reativação do vírus, incluindo idade acima de 50 anos, doenças crônicas, infecções, ansiedade, estresse, depressão, entre outros. A imunidade comprometida desempenha um papel fundamental nesse processo.
Para prevenir o herpes-zoster, a imunização é essencial. No Brasil, estão disponíveis as vacinas Zostavax e Shingrix, cada uma com suas recomendações específicas de uso. A vacinação contra a catapora também é importante e deve ser feita na infância.
O tratamento para o herpes-zoster envolve o uso de medicamentos antivirais para reduzir a disseminação viral e prevenir complicações. É crucial buscar orientação médica adequada ao observar os sintomas da doença.
A diferença mais marcante entre o herpes-zoster e a catapora está nas lesões de pele: enquanto a catapora afeta todo o corpo com lesões de diferentes formas, o herpes-zoster apresenta bolhas específicas em uma região do corpo relacionada a um nervo.
O aumento dos casos de herpes-zoster no Brasil pode ser atribuído a diversos fatores, como a vulnerabilidade imunológica após a pandemia de COVID-19, o envelhecimento populacional e condições que comprometem a imunidade.
Dados do Ministério da Saúde mostram um aumento de 10,6% nas internações hospitalares por herpes-zoster em 2023, refletindo a importância de compreender e prevenir essa doença.
Em suma, o conhecimento sobre o herpes-zoster, seus sintomas, prevenção e tratamento é fundamental para proteger a saúde e bem-estar da população. A conscientização e a busca por imunização adequada são passos essenciais para lidar com essa condição de forma eficaz e responsável.