Um método que utiliza softwares livres e um drone com câmera de baixo custo foi desenvolvido para selecionar plantas de milho tolerantes à seca. Essa ferramenta é fundamental para a escolha de plantas que consigam lidar melhor com o estresse hídrico, um dos efeitos das mudanças climáticas na agricultura.
Os resultados dos experimentos foram publicados em um artigo na Plant Phenome Journal.
Os pesquisadores do Centro de Pesquisa em Genômica Aplicada às Mudanças Climáticas (GCCRC), um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) formado pela FAPESP e pela Embrapa na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), desenvolveram esse método inovador.
Essa abordagem permitiu coletar dados de forma otimizada, rápida e econômica, ao contrário dos métodos convencionais que demandam medições manuais, equipamentos caros e processos lentos. Com o uso do drone, é possível realizar o trabalho em poucas horas, o que levaria dias de trabalho manual.
Além disso, a análise contínua das plantas ao longo do ciclo de crescimento proporcionou uma compreensão mais profunda de como elas respondem ao estresse hídrico, possibilitando prever seu comportamento em diferentes áreas.
Durante os experimentos realizados em Campinas, os pesquisadores utilizaram 21 variedades de milho, sendo 3 convencionais e 18 geneticamente modificadas para resistir ao estresse hídrico. Os resultados obtidos a partir da câmera RGB, mais barata e eficaz, mostraram-se confiáveis e precisos, viabilizando o uso dessa tecnologia em programas de melhoramento genético em larga escala.
Por fim, os pesquisadores acreditam que as descobertas desse estudo poderão abrir caminho para o desenvolvimento de aplicações automatizadas voltadas para o estresse hídrico em diferentes culturas agrícolas, contribuindo para a eficiência e sustentabilidade da agricultura.
Informações da Agência FAPESP
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