Programa FAPESP para o Atlântico Sul e Antártica é reconhecido como uma importante contribuição para a Década do Oceano da ONU

Por Redação

O Programa FAPESP para o Atlântico Sul e Antártica (PROASA) foi endossado pela Comissão Oceanográfica Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como uma contribuição para a Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (Década do Oceano).

Proclamada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para os anos de 2021 a 2030, algumas das metas da Década do Oceano são tornar os oceanos limpos, saudáveis, resilientes e seguros, além de previsíveis e produtivos, de forma que possam ser explorados de modo sustentável.

O PROASA foi concebido à imagem e semelhança dos dez desafios estabelecidos pela Década do Oceano [que são compreender e combater a poluição marinha; proteger os ecossistemas e restaurar a biodiversidade; e alimentar de forma sustentável a população mundial, entre outros], diz Alexander Turra, professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP) e coordenador do PROASA.

“O programa representa a primeira iniciativa estruturada de uma agência de fomento à pesquisa no mundo acoplado à Década do Oceano, com o objetivo de dar suporte à ciência oceânica”, avalia.

Lançado em março de 2024, o PROASA tem como objetivo estabelecer uma nova estratégia de financiamento à pesquisa sobre a porção sul do oceano Atlântico e sobre o continente mais frio do planeta. A expectativa é que isso contribua para o fortalecimento e o aumento do financiamento de projetos de pesquisa científica e tecnológica sobre os dois ambientes, realizados por pesquisadores vinculados a universidades e instituições de pesquisa no Estado de São Paulo em colaboração com cientistas de outras regiões do Brasil e de outros países.

Uma das metas do programa é permitir suprir lacunas no conhecimento sobre o Atlântico Sul por meio da consolidação e diversificação de grupos de pesquisa na região e da integração nos projetos de diferentes áreas do conhecimento, como as ciências sociais, naturais e as artes, visando a aproximação do oceano com a sociedade.

Já em relação à Antártica, a expectativa é que a iniciativa possibilite aumentar a realização de pesquisas na região por pesquisadores do Estado de São Paulo, de modo a gerar mais conhecimento tanto em relação ao oceano austral como à parte continental.

O endosso pela Década do Oceano permitirá dar mais visibilidade internacional para o programa e, dessa forma, influenciar outras agências de fomento à pesquisa no mundo a criar programas dedicados à agenda oceânica, avaliou Turra.

Informações da Agência FAPESP

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