Estudo aponta que Brasil possui mais de 400 tipos de cogumelos comestíveis silvestres

Por Redação
2 Min

O interesse por cogumelos comestíveis vem crescendo em todo o mundo, seja como recurso florestal não madeireiro, fonte de proteína não animal ou pela busca de novos sabores, cores e texturas para a alimentação humana. Uma rede de pesquisadores brasileiros realizou um levantamento de todas as espécies de cogumelos comestíveis silvestres conhecidas no Brasil. Até o momento, 86 espécies foram identificadas e têm registro confiável de ocorrência no país, podendo chegar a mais de 400 espécies no total.

Conduzido com apoio da FAPESP e liderado por pesquisadores do IFungiLab do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), o estudo consistiu em três etapas. A primeira foi uma revisão bibliográfica, seguida pela coleta de novas amostras de cogumelos em diferentes regiões do Brasil, para ampliar o conhecimento sobre as espécies no país. A terceira fase incluiu análise molecular e sequenciamento genético, permitindo a comparação com bancos de dados internacionais.

As informações obtidas foram organizadas em categorias que auxiliam na identificação de espécies comestíveis já reconhecidas e naquelas que ainda requerem mais estudos. Dos 573 táxons estudados, 409 são considerados seguros para consumo humano, com 86 já identificados como comestíveis e com registro confiável no Brasil.

O interesse por cogumelos comestíveis silvestres tem aumentado no Brasil nos últimos anos, apesar de não ser comum colhê-los para consumo. Os pesquisadores buscam classificar a comestibilidade dos cogumelos para auxiliar na identificação das espécies seguras, incluindo informações de conhecimentos tradicionais e indígenas.

Além disso, o crescente interesse abre possibilidades de micoturismo e desenvolvimento de métodos de cultivo de espécies não convencionais. O cultivo de espécies silvestres em escala comercial é uma próxima etapa, visando desenvolver estratégias para inserção no mercado.

O artigo completo “Over 400 food resources from Brazil: evidence-based records of wild edible mushrooms” pode ser acessado em: https://imafungus.biomedcentral.com/articles/10.1186/s43008-024-00171-8.

Informações da Agência FAPESP

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