Tosse x espirro: mesma chance de contaminação?

Por Redação
3 Min

Pesquisadores da Universidade Rovira i Virgili, na Espanha, deram um importante passo no combate à disseminação de doenças por via aérea. Eles desenvolveram um modelo impresso em 3D que simula tosses e espirros, visando entender melhor o impacto da cavidade nasal na trajetória de infecções transmitidas pelo ar.

O estudo realizado pela equipe ECoMMFiT tem como objetivo encontrar formas eficazes de reduzir a propagação de doenças, especialmente em ambientes compartilhados, como escolas, hospitais e escritórios. Para isso, o modelo tridimensional reproduziu detalhadamente o trato respiratório superior, incluindo a cavidade nasal, que desempenha um papel crucial na direção das partículas expelidas durante tosses e espirros.

Utilizando câmeras de alta velocidade e feixes de laser, os pesquisadores puderam analisar em tempo real a dispersão de partículas e coletar dados precisos sobre o comportamento dos aerossóis liberados durante a expiração.

Os resultados obtidos revelaram informações valiosas sobre a dinâmica da transmissão de patógenos pelo ar. De acordo com os pesquisadores, a expiração nasal e oral apresentaram cenários distintos. Ao expirar pelo nariz, os aerossóis se dispersaram mais verticalmente e permaneceram suspensos no ar por mais tempo, enquanto a expiração pela boca resultou em uma dispersão mais horizontal, cobrindo uma distância maior.

Nicolás Catalán, pesquisador do Departamento de Engenharia Mecânica da URV, destacou a importância desses resultados para compreender como as partículas são dispersas em ambientes internos e como as doenças são transmitidas no ar. Ele ressaltou que esse estudo contribuirá para o desenvolvimento de estratégias mais eficazes de controle de infecções.

Além disso, a equipe acredita que o modelo poderá ser utilizado para investigar outros fatores ambientais, como temperatura e umidade, e explorar a dispersão de aerossóis a longo prazo. Essa abordagem integrada entre o comportamento das partículas no ar e as condições ambientais proporcionará insights importantes para a prevenção de doenças transmissíveis.

Portanto, a criação desse modelo inovador representa um avanço significativo na área da saúde pública, fornecendo informações essenciais para a elaboração de estratégias de prevenção e controle de doenças transmitidas pelo ar. A pesquisa desenvolvida pelos pesquisadores da Universidade Rovira i Virgili destaca-se como um exemplo de como a ciência e a tecnologia podem ser aliadas no enfrentamento de desafios globais.

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